Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os ministros dos países que formam a Comunidade Sul-Americana de Nações manifestaram hoje (19) preocupação com a crise política no Equador. Os chanceleres estiveram reunidos desde segunda-feira, em Brasília, e pediram que o governo equatoriano concilie suas posições com a sociedade civil e a classe política, em busca de uma solução para a crise.

O Equador teve sua Corte Suprema dissolvida pelo presidente Lucio Gutierrez na semana passada. Gutierrez declarou estado de emergência na capital, Quito, o que restringe o direito de circulação, de promover reuniões e dá ao presidente a prerrogativa de adotar medidas que garantam a segurança em determinadas regiões.

A decisão foi rejeitada pelo povo equatoriano que, mesmo com as restrições, foi às ruas no fim de semana pedindo que Gutierrez deixe o poder. O Equador integra a Comunidade Sul-Americana de Nações.

Os chanceleres divulgaram declaração sobre a situação política do país durante a reunião ministerial preparatória para o encontro presidencial que ocorrerá ainda este ano.

Na declaração, os chanceleres enfatizam a confiança no diálogo na busca de um consenso que respeite a ordem democrática. "Os chanceleres da Comunidade Sul-Americana de nações reiteram, igualmente, que o respeito aos governos eleitos pela vontade popular e ao estado de direito são fundamentais para manter a estabilidade, a paz e para se alcançar o desenvolvimento dos nossos países".