Chacina na Baixada: exame de balística pode não ficar pronto no prazo previsto

19/04/2005 - 19h02

Rio, 19/4/2005 (Agência Brasil - ABr) - O resultado dos exames de balística das armas usadas na chacina da Baixada Fluminense não deverá ficar pronto até o dia 29 deste mês, quando se encerram os prazos do inquérito da Polícia Civil e da prisão temporária de alguns suspeitos. A informação foi dada pelo diretor do Departamento de Polícia Técnico-Científica do Rio, Roger Ancillotti. "O exame de balística, até pela própria quantidade armas apreendidas (cerca de 150), não ficará pronto a tempo", disse ele.

Apesar de acreditar que o prazo é curto para entrega do laudo da perícia, Ancillotti explicou que os peritos farão o possível para agilizar os trabalhos. "Estamos trabalhando desde o dia 4 de abril. Já foram feitos mais de 630 exames e sabemos que ainda há muitos exames por fazer. Mas, de uma hora para outra, pode ser que o exame dê positivo", afirmou.

De acordo com Ancillotti, "dar positivo" significa correlacionar a arma com os projéteis encontrados no corpo das vítimas. Ontem (18), o chefe de Polícia Técnica havia informado que a chacina foi executada com o uso de seis armas: quatro pistolas 40, uma pistola 380 e um revólver calibre 38.

Mesmo conhecendo os tipos de armas, a Polícia ainda não identificou, dentre as cerca de 150 peças apreendidas, quais foram as utilizadas. "Destas, cerca de 120 são armas patrimoniais da Polícia Militar. Se for encontrada a relação de alguma delas com a chacina, a Polícia informará quem estava de posse da arma no dia dos assassinatos. Com isso, a gente pode chegar aos suspeitos", disse Ancillotti.

Ontem, o procurador-geral de Justiça do Rio, Marfan Vieira, disse que espera fazer a denúncia dos acusados até o dia 29 deste mês. Caso os suspeitos não sejam denunciados, novos pedidos de prisão temporária serão feitos à Justiça para evitar que eles sejam colocados em liberdade.