Nielmar de Oliveira
Repórter da agência Brasil

Rio - O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, disse nesta terça-feira que deve ser no Rio de Janeiro que a estatal vai construir uma usina petroquímica para processar 150 mil barris de petróleo bruto do campo de Marlim, na Bacia de Campos.

Segundo ele, o empreendimento exigirá US$ 3 bilhões. A unidade processará insumos petroquímicos, Gás Liquefeito de Petróleo (gás de cozinha) e gasolina. "É um projeto mais caro e de mais a longo prazo, que deverá realmente ser instalado no Rio. Existe o pleito da governadora para que seja no Norte Fluminense, mas também pode ser em Itaguaí. Precisamos definir inicialmente a vocação regional e depois pensaremos no local.", afirmou.

Dutra afirmou que o estado do Rio tem a maior chance de abrigar a usina, mas isto só deve ser definido no segundo semestre do próximo ano. Ele revelou que a empresa está aberta a negociações com grupos interessados em participar do empreendimento, tendo em vista os vultosos investimentos e a complexidade do empreendimento. "Temos lido nos jornais manifestações de interessados, mas não há nada concreto. É um projeto de US$ 3 bilhões somente na sua primeira geração", disse.

A nova unidade deve entrar em operação depois de 2010, mas o projeto será definido em meados de 2005. Dutra admitiu a possibilidade de o empreendimento adotar tecnologia chinesa, já que a Sinopec, estatal chinesa do petróleo, atua nessa área. Ele lembrou que o acordo de intercâmbio tecnológico Brasil-China prevê essa possibilidade. O acordo foi firmado entre as duas estatais durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, em maio deste ano.