Gabriela Guerreiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A partir de amanhã, doze países da América do Sul passam a integrar a comunidade Sul-Americana das Nações, grupo que prevê a ampliação do diálogo político e a integração econômica, comercial e de infra-estrutura da região. A criação da Comunidade será anunciada oficialmente durante a III Reunião de Presidentes da América do Sul, em Cuzco (Peru).
A criação da Comunidade vem sendo discutida há mais de dez anos pelos presidentes dos países-membros do Mercosul e da Comunidade Andina, desde que as negociações entre os dois blocos teve início. A primeira reunião formal da Comunidade Sul-Americana será no Brasil, em janeiro de 2005, em local ainda não definido.
A Comunidade Sul-Americana será uma zona de livre comércio que não prevê, na etapa inicial, metas comerciais para a região. A intenção dos membros da Comunidade é assegurar a integração física e política, com projetos práticos de infra-estrutura que aproximem nações distantes do ponto de vista de negócios.
Na prática, a criação da Comunidade Sul-Americana também tem como objetivo promover o diálogo entre os países sul-americanos com propostas que fortaleçam a presença do grupo no cenário internacional. Os doze países membros da Comunidade reúnem 361 milhões de pessoas e, juntos, somam um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 800 bilhões.
Além do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, também integrarão a Comunidade Sul-Americana a Bolívia, Equador, Colômbia, Peru, Venezuela, Chile, Guiana e Suriname. As decisões do grupo serão tomadas durante reuniões dos chefes de Estado dos países-membros, enquanto os chanceleres serão responsáveis pelas deliberações administrativas e executivas do grupo.