Irmão de Norberto Mânica é preso em Minas Gerais

16/09/2004 - 21h54

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Antério Mânica, candidato a prefeito de Unaí (MG) e irmão do fazendeiro Norberto Mânica, foi preso nesta quinta-feira pela Polícia Militar de Minas Gerais, com apoio da Polícia Federal (PF). De acordo com informações da PF, o pedido de prisão de Mânica foi feito pelo Ministério Público e aceito pela 9ª Vara Federal de Belo Horizonte. Norberto é o principal suspeito de ser o mandante do assassinato dos fiscais do trabalho em janeiro. Nesta quinta-feira, Norberto prestou depoimento na tarde desta quinta-feira, na capital mineira. À noite, Antério foi detido e deverá ser ouvido pela Polícia Federal.

Histórico

Os oito suspeitos de participação no assassinato dos fiscais e do motorista do Ministério do Trabalho, em 28 de janeiro deste ano em Unaí (MG), já foram denunciados pelo Ministério Público Federal: Norberto Mânica, Hugo Alves Pimenta, José Alberto de Castro, Francisco Elder Pinheiro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios, Willian Gomes de Miranda e Humberto Ribeiro dos Santos.

Os sete primeiros foram denunciados pelos crimes de homicídio doloso triplamente qualificado e formação de quadrilha; Erinaldo vai responder ainda pelo crime de receptação (foi ele quem adquiriu o veículo - furtado - utilizado durante a abordagem às vítimas). Já Humberto Ribeiro foi denunciado somente pelos crimes de quadrilha e favorecimento pessoal, porque sua participação restringiu-se a subtrair alguns dias depois do crime a folha do registro de hóspedes do hotel em que Erinaldo e Rogério Alan estiveram hospedados.

A participação de cada um dos denunciados foi descrita detalhadamente pelo Ministério Público. Erinaldo Silva e Rogério Alan atiraram contra as vítimas; Willian Gomes, motorista da quadrilha, foi quem conduziu os comparsas e ajudou a desovar o veículo no lago Paranoá em Brasília-DF. Os três foram arregimentados por Francisco Pinheiro, um agenciador de pistoleiros da região de Formosa/GO. Francisco Pinheiro foi quem gerenciou a execução do crime, tarefa na qual contou com a ajuda de José Alberto de Castro, que agindo a mando de Hugo Alves Pimenta, este último testa-de-ferro de Norberto Mânica.