Brasília – O Programa Universidade para Todos deve começar já no próximo ano. Para participar, o aluno deverá ter cursado todo o ensino médio em escolas públicas. A seleção será realizada em duas etapas. A primeira será feita pelo ministério, que irá analisar as notas e os resultados do perfil sócio-econômico do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A segunda será realizada pelas próprias instituições, que deverão definir a lista final com os escolhidos a partir dos nomes enviados pelo MEC.

Em entrevista exclusiva à Rádio Nacional, o minsitro da Educação, Tarso Genro, explicou como será a entrada no programa:

Rádio Nacional: Qual é o procedimento para se ter acesso a estas vagas?

Tarso Genro: Temos o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], lembre-se que eu avisei que ele seria utilizado no Programa Universidade para Todos em uma entrevista à Rádio Nacional. Os alunos que forem aprovados no Enem e quiserem entrar nestas universidades atingidas pelo programa usando este exame, o MEC irá acolhê-los e fará uma lista. Caso eles sejam aprovados e tiverem uma renda igual ou inferior àquela aprovada pela Lei, eles serão acolhidos e passarão a integrar a universidade sem pagar um tostão.

Então, o ENEM é um filtro de mérito. A verificação da renda é apurar a declaração do próprio aluno, evidentemente, se essa declaração não for verdadeira não será aprovada nem pelo MEC e nem pela universidade que está acolhendo o aluno.

Rádio Nacional: O aluno poderá escolher o curso que quiser ou terá que cursar o curso que estiver disponível?

Tarso Genro: Ele vai cursar o curso que ele deseja dentro deste percentual de vagas que lhe é reservado. Vamos ver o exemplo do aluno que quer utilizar o seu Enem para entrar em uma faculdade de odontologia. Ele terá que apontar uma instituição que ele queira. Então, pelo exame de mérito, ele concorrerá com os outros, que também não dispõem de renda. O exame de mérito é feito através da verificação das notas que ele registrou no Enem realizado recentemente.