Humberto Costa empossa Comitê Nacional de Urgências

16/09/2004 - 13h11

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Sessenta representantes do governo e da sociedade civil (30 titulares e 30 suplentes) iniciam hoje (16) os trabalhos no Comitê Gestor Nacional da Atenção às Urgências. A missão do grupo será assessorar o governo na organização e estruturação das urgências em saúde no país e dar suporte ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192).

Uma das principais tarefas do Comitê será a criação de um Plano de Atenção a Desastres. O objetivo é definir as ações estratégicas em saúde que devem ser adotadas quando ocorrerem catástrofes com múltiplas vítimas, como enchentes, deslizamentos de terra, acidentes com material químico e até nuclear.

O ministro da Saúde, Humberto Costa, explicou que o Comitê irá permitir uma atuação mais organizada da área de saúde. "Não apenas para viabilizar os insumos necessários numa situação de urgência, mas até mesmo para fazer referências de pessoas para um tratamento mais adequado, poder promover transferências e trabalhar mais organizadamente e articuladamente com a Defesa Civil", afirmou o ministro.

O Comitê também tem como objetivo analisar os indicadores do Samu/192, fazendo o mapeamento detalhado da urgência no Brasil. Os dados apurados irão permitir a identificação de epidemias e vias públicas com elevado risco de acidentes, por exemplo. O coordenador do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Arthur Chioro, explica que o Comitê será nacional mas que as ações serão regionalizadas.

"Este comitê vai nos ajudar a implantar a política de urgência em cada estado, em cada região, em cada município do país onde acontecem os problemas e as situações de urgência, e onde o poder público e a sociedade civil têm de estar muito organizados para garantir a vida".

Compõem o comitê representantes dos Ministérios das Cidades, da Defesa, da Justiça, da Saúde e dos Transportes, além de representantes do Conselho Nacional de Saúde, de secretários municipais e estaduais de Saúde, associações médicas e de enfermagem, Confederação das Santas Casas de Misericórdia, hospitais e entidades filantrópicas, Conselho Nacional de Trânsito e Departamento Nacional de Trânsito, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Rodoviária Federal.