Furlan: Conselho de Desenvolvimento Industrial não pode ser terapia de grupo

29/04/2004 - 15h20

Pedro Malavolta
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) vai complementar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e não se sobrepor a ele. A garantia foi dada pelo ministro do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, hoje em São Paulo. O ministro participou de cerimônia de assinatura de convênios para a abertura de novos Telecentros de Informação e Negócios (TIN).

"Esse conselho surgiu de uma necessidade identificada ali", disse. Furlan advertiu, no entanto, "o que o Conselho de Desenvolvimento Industrial não pode é se tornar uma terapia de grupo em que o empresário vai até lá, apresenta sua reclamação e fica por isso mesmo".

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, criado ontem pelo governo, conta com 11 ministros e 11 representantes da sociedade civil (oito empresários e três trabalhadores).

Segundo o ministro, na primeira reunião do CNDI surgiram propostas de mudanças na Lei da Confins, em tramitação no Senado e as sugestões foram repassadas para os negociadores do governo. Para Furlan, isso mostra que o conselho tem compromisso de construir soluções.
Ao ser questionado se o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social seria uma "terapia de grupo", o ministro disse que o comentário que fez anteriormente "era uma percepção geral do que acontece com os empresários quando fazem reuniões com o governo".