Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O setor público não-financeiro obteve superávit de R$ 3,3 bilhões no mês de fevereiro, conforme revela o relatório de Política Fiscal, distribuído hoje no Banco Central. O Governo federal, mais INSS e Banco Central registraram saldo de R$ 4,8 bilhões e os governos regionais (estados e municípios) saldo de R$ 1,7 bilhão. Em contrapartida, as empresas estatais tiveram déficit de R$ 3,2 bilhões.
No acumulado de janeiro e fevereiro, o superávit primário soma R$ 10,2 bilhões, o que equivale a 3,98 do Produto Interno Bruto (PIB). Menor, portanto, que o superávit primário registrado em igual período do ano passado, que foi de R$ 16,1 bilhões (6,87% do PIB). O Governo Central teve crescimento nominal de R$ 692 milhões, mas os governos regionais e as empresas estatais tiveram quedas de R$ 604 milhões e R$ 5,9 bilhões, respectivamente.
O relatório mostra, também, que os juros nominais, apropriados pelo critério de competência, totalizaram R$ 10,2 bilhões em fevereiro, comparativamente aos R$ 11 bilhões de janeiro. Além dos reflexos da queda da taxa Selic, que caiu 10 pontos percentuais entre junho e dezembro do ano passado, o total apropriado em fevereiro foi influenciado pelas operações de "swap" (troca) cambial, que renderam R$ 399 milhões.