Brasília, 26/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) não pretende ocupar as posições dos agentes da Polícia Federal na fiscalização dos vôos internacionais. "Não é nossa intenção e nem temos atribuições constitucionais para isso", diz o diretor de Operações da empresa, Frederico de Queiroz Veiga. Ele explica que a Infraero vai atuar para diminuir o desconforto dos passageiros. "Isso sim, essa é a nossa principal preocupação e intenção", acrescenta.
Uma portaria interministerial publicada nesta semana autoriza funcionários da Infraero a auxiliar a Polícia Federal nos procedimentos de fiscalização nos aeroportos. "O que entendemos com a portaria é apenas uma ampliação da nossa cooperação", afirma o diretor.
Queiroz Veiga garante que a convivência da Infraero com a Polícia Federal é a melhor possível. Explica que algumas atribuições de fiscalização e controle já são normalmente delegadas a funcionários da Infraero. Ele cita, por exemplo, a operação de aparelhos de raio x e de detector de metais. O diretor vê a greve com apreensão. "Até porque a operação morosa na conferência dos documentos dos passageiros, notadamente nos vôos internacionais, está gerando muito desconforto", diz.
Na opinião do diretor, uma das parcerias que mais tem dado certo é a recepção de turistas e viajantes estrangeiros que chegam aos aeroportos internacionais. Ele lembra que a Infraero, por delegação da Polícia Federal, Receita Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tem feito o trabalho de orientação e conferência de documentos de turistas e encaminhamento aos guichês de informações. O programa, chamado "Welcome to Brazil", tem atendido a mais de 10 mil passageiros por dia nos aeroportos de São Paulo (Guarulhos), Rio de Janeiro (Galeão), Recife, Salvador, Fortaleza, Natal e Florianópolis.