Decisão de construir casco da plataforma P-51 no Brasil não é ideológica, afirma Dutra

26/03/2004 - 14h21

Rio, 26/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - A orientação para construir a Plataforma P-51 no Brasil é uma orientação de governo, que vale para todas as encomendas futuras da Petrobras, que deverão atender a um índice de nacionalização cada vez maior e mais constante, desde que as condições economico-financeiras estejam de acordo com a política empresarial da Petrobras e satisfaçam aos acionistas. A afirmação é do presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, ao anunciar, em Itaguaí, nas dependências da Nuclep, a decisão pela construção do casco da Plataforma Petrobras 51 (P-51), no país.

"Essa é uma questão que não tem conteúdo ideológico. É uma posição de governo e uma decisão de política industrial, mas alinhada a uma política de rentabilidade da Petrobras. Na medida em que se vai construindo plataformas e a indústria nacional vai se capacitando, nós poderemos, progressivamente, ir aumentando essa exigência de conteúdo nacional. Se a isenção de ICMS concedido pelo governo do estado para a P-51 for estendida a outras unidades e a industria nacional se mostrar capaz, nós poderemos construir outras unidades deste porte no Brasil", garantiu Dutra. Não podemos esquecer que essa decisão em favor da nacionalização cada vez mais das nossas unidades foi uma promessa de campanha do presidente Lula.

Dutra lembrou, ainda, que a Petrobras destina 85% dos seus investimentos no Brasil e continuará a fazê-lo preferencialmente, apesar da estratégia de internacionalização da companhia.