Ampliação da União Européia não afeta negócios agrícolas do Brasil e do Mercosul, diz embaixador

26/03/2004 - 16h03

Rio, 26/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - A entrada na União Européia de países agrícolas como a Polônia não deve constituir fator de entrave adicional à exportação de produtos agrícolas do Brasil e do Mercosul. A avaliação foi feita hoje pelo embaixador brasileiro na França, Sergio Amaral.

Apesar de reconhecer que haverá na UE países com produtos concorrentes, Amaral argumentou que isso não representa um grande problema. Ele lembrou que os 15 países europeus já vêm em negociação com os 10 futuros integrantes do bloco há algum tempo, com avanços nas áreas de comércio e investimentos.

Para o embaixador, a expansão da União Européia significará a distribuição dos subsídios agrícolas dos atuais 15 países para 25 países, mas com o congelamento do orçamento, o que quer dizer que cada país vai receber menos. Outra medida do bloco que sinaliza para uma queda do subsídio é o começo do processo de desvinculação deste com a produção. Amaral reconheceu, entretanto, que isso ainda está aquém da redução que interessa ao Brasil.

Amaral participou do lançamento do livro "Seillière-O Barão da República", uma biografia de Ernest-Antoine Seillière, presidente do Movimento das Empresas Francesas, que congrega 750 mil empresas da França. O livro foi traduzido e editado no Brasil com o patrocínio da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).