Ministro do Desenvolvimento Agrário defende estudos para avaliar impactos dos transgênicos

24/09/2003 - 19h14

Brasília, 24/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - No início da tarde de hoje, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, recebeu representantes dos movimentos sociais no campo, contrários à liberação dos transgênicos. Num encontro de meia hora no gabinete, o ministro disse aos agricultores que o País não pode ficar subordinado aos interesses de monopólios ou de empresas. O ministro Miguel Rossetto também reafirmou que há necessidade de estudos sobre impacto ambiental do uso desta nova tecnologia e sobre as possibilidades dos prejuízos dela às futuras gerações. "Na minha opinião, é absolutamente inegociável".

De acordo com o ministro, o princípio da precaução exige que "aqueles que propõe a adoção dessa nova tecnologia provem e comprovem que ela é uma tecnologia, segura do ponto de vista da saúde. Portanto, qualquer movimento de liberação, em relação à essa tecnologia, deve ser precedido, sim, de uma ampla avaliação dos impactos ambientais e dos impactos à saúde".

Sobre o impacto econômico, o ministro Rossetto lembrou que há um debate mundial e que o Brasil deve "olhar deste ponto de vista". Para ele, o País deve se preocupar com a ocupação de mercados e as tendências dos compradores da produção brasileira. Para ele, "não devemos acompanhar os nossos concorrentes, basicamente Estados Unidos e Argentina".

Para ele, devem ser observados os mercados da Europa e da Ásia, "que não têm sinalizado ampliação da adoção de produtos a partir da tecnologia dos transgênicos. Portanto, o País, saberá, a partir da condução do presidente Lula, preservar os seus interesses estratégicos e econômicos".

Além disso, o ministro também esclareceu aos agriculotres que o projeto em estudo pelo governo é de biossegurança "e não estimulador da biotecnologia, como alguns confundem.