Reajuste de procedimentos no SUS não suspendem negociações

21/08/2003 - 20h45

Brasília - A superintendente técnica da Federação das Santas Casas de São Paulo, Maria Fátima da Conceição, reconheceu hoje como um grande avanço o reajuste emergencial na Tabela de Procedimentos de Média Complexidade no Sistema Único de Saúde, anunciado pelo ministro da Saúde, Humberto Costa, nesta quarta-feira, mas disse que é preciso fazer mais. "Precisa fazer mais porque a crise está grande", afirmou. Fátima considera que o reajuste foi necessário e informou que as negociações com o governo continuam em reunião marcada para o próximo mês.

O reajuste será concedido a 285 procedimentos hospitalares com valores de até R$ 306,00. Serão reajustados também os procedimentos e exames ambulatoriais que se encontram mais defasados, como por exemplo, o parto normal, que segundo o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Jorge Solla, é o procedimento mais executado pelo SUS.

Ele disse que o reajuste foi discutido com diversas organizações como o Conselho de Secretários Estaduais e Municipais e instituições filantrópicas. Segundo ele, buscou-se atender procedimentos que estavam a mais tempo sem reajuste e cujo valor de tabela estava mais distante do custo real da sua oferta. "Dentro da disponibilidade orçamentária e financeira hoje eu acho que a proposta aprovada é bem interessante", afirmou. Ao todo, o reajuste envolve o impacto mensal de R$ 27,45 milhões e será mais significativo para os pequenos e médios hospitais.