Brasília - Até o final de 2008, a região metropolitana da Baixada Santista terá 100 % de seu esgoto doméstico e industrial coletado e tratado, o que beneficiará 1,5 milhão de habitantes de nove cidades paulistas, entre essas Cubatão, Santos, São Vicente, Praia Grande. Para isso a Companhia de Tratamento Básico de São Paulo (Sabesp) irá despender U$ 1 bilhão. Ontem, no Itamaraty, a empresa teve a garantia que terá em mãos imediatamente U$ 200 milhões provenientes de um financiamento do Japan Bank for International Cooperation (JICA). Esse empréstimo deverá ser pago no prazo de 25 anos - com sete de carência – e juros de "pai para filho" em torno de 2,2% ao ano, definiu o presidente da Sabesp, Dalmo Nogueira Filho.
Para o repasse dos recursos japoneses, assinou, pelo Brasil, o ministro das Relações Exteriores, embaixador Celso Amorim, e pelo Japão, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Toshimitsu Motegi. Dalmo Nogueira, afirmou, contudo, que o financiamento japonês era somente o que faltava para o início das obras. Para garantir mais U$ 800 milhões necessários para o prosseguimento do trabalho, a Sabesp conta com recursos dos pagamentos de seus usuários e ainda com investimentos feitos no mercado financeiro internacional. "Temos ações na Bolsa de Nova York e no último mês de julho fizemos uma emissão de Euro Bônus no valor de U$ 225 milhões", informou.
Nogueira Filho disse que a total captação e tratamento do esgoto da Baixada Santista é vital para o turismo da região. "Em época de férias a população local é duplicada, e as obras que serão executadas irão garantir as melhores condições sanitárias e ambientais, tanto para a população fixa como para os turistas que procuram as nossas praias", ressaltou. O sistema total a ser implementado pela Sabesp na região prevê também a coleta e tratamento de água potável que porá fim as interrupções de fornecimento para 95% da população local.