Da Agência Brasil
Brasília - Detentos e agentes da Penitenciária de Catanduvas (PR) começam a receber hoje (25) capacitação em leitura dentro do projeto Uma Janela para o Mundo – Leitura nas Prisões, uma parceria dos ministérios da Cultura, Educação, Justiça, do Desenvolvimento Agrário, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O Ministério da Cultura (MinC), por meio do Programa Mais Cultura, investiu R$ 160 mil no projeto, com a doação de oito pontos de leitura nas quatro penitenciárias federais: Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR). Os presídios que receberam o acervo do MinC e o do Programa de Bibliotecas Rurais Arca das Letras, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, passam agora pela capacitação.
Edição: Graça Adjuto
Da Agência Brasil
Brasília - Os ministros Carlos Lupi, do Trabalho, Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, e Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, confirmaram presença no lançamento hoje (25) da Marcha das Margaridas 2011. Será às 18h30 no Núcleo Bandeirante, em Brasília.
O lançamento encerra a programação do Seminário Nacional Marcha das Margaridas, realizado esta semana na Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) com a presença de 160 lideranças femininas de diferentes áreas.
Considerada uma das principais mobilizações do sindicalismo rural brasileiro e do movimento das mulheres, a marcha será realizada nos dias 16 e 17 de agosto de 2011, na Esplanada dos Ministérios.
Edição: Graça Adjuto
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - No Dia Nacional do Doador de Sangue, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) no Rio pede doações para abastecer o estoque que atende pacientes de suas cinco unidades hospitalares. A instituição atende, em média 1,3 mil pacientes por mês em suas cinco unidades, realizando aproximadamente 700 cirurgias.
A coordenadora de Hemoterapia do Inca, Iara Motta, disse que houve uma redução nas doações voluntárias na segunda quinzena deste mês. Há necessidade especial de plaquetas, indispensáveis à coagulação sanguínea.
Em Brasília, a data será marcada com o lançamento da campanha "Faço Parte desta Corrente - Doo o Meu Melhor" pela Fundação Hemocentro. O objetivo da iniciativa é formar uma corrente em prol da doação voluntária de sangue e medula óssea.
Edição: Graça Adjuto//Matéria alterada para acréscimo de informações
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, participa hoje (25), às 14h, do painel Direitos à Memória, dentro do 1º Seminário Internacional sobre Acesso à Informação e Direitos Humanos, na Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj).
O seminário é promovido pelo Arquivo Nacional e pelo Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil (1964-1985): Memórias Reveladas. O objetivo é favorecer a troca de reflexões e de experiências sobre as questões legais e relacionadas aos arquivos que envolvem o acesso a informações produzidas ou acumuladas durante o período do regime militar.
Edição: Graça Adjuto
Da Agência Brasil
São Paulo - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, divulga hoje (25) os resultados da pesquisa Sustentabilidade: Aqui e Agora, que avalia a percepção dos brasileiros em relação ao meio ambiente, aos hábitos de consumo e principais formas de contribuição para um futuro mais sustentável. Será às 9h30, na sede da Fundação Getulio Vargas.
Na pesquisa, o meio ambiente aparece com prioridade sobre o crescimento econômico. O estudo mostra que a população acredita que qualquer mudança causada na natureza pela ação humana pode piorar as coisas e que só com grandes mudanças de hábito e de consumo será possível conservar os recursos naturais.
Edição: Graça Adjuto
Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Polícia Militar (PM) divulgou ontem (24) à noite o quarto balanço das operações realizadas na região metropolitana do Rio contra ações do crime organizado, que vem roubando e incendiando carros e ônibus desde o último domingo (21). O número de mortos aumentou para 23, com 47 presos e 112 detidos para averiguações.
Ao todo, 29 armas foram apreendidas, entre elas dez fuzis - sete deles na Vila Cruzeiro, na Penha, Complexo do Alemão - além de 1 tonelada de maconha prensada.
Apesar do reforço no patrulhamento, com todo o efetivo da PM de prontidão, as ações de roubo e queima de veículos prosseguiram na noite dessa quarta-feira. Uma van de transporte de passageiros foi incendiada na Avenida Martin Luther King, perto do Shopping Nova América, em Del Castilho, na zona norte.
Em Vila Isabel, também na zona norte, um Honda Civic foi queimado na Rua São Paulo, no bairro do Sampaio, próximo ao Túnel Noel Rosa, no acesso à favela do Jacarezinho. O carro ficou totalmente destruído. Em Niterói, no bairro do Fonseca, mais um carro foi incendiado, o quarto nas últimas horas no bairro.
A PM evitou, nessa noite, que dois ônibus fossem queimados na Avenida Brasil, principal ligação do centro do Rio com as zonas norte e oeste da cidade, numa extensão de 54 quilômetros. Numa das ações, os criminosos eram da favela Nova Holanda, em Bonsucesso. Os bandidos foram surpreendidos pela polícia e correram para dentro da comunidade, sem serem alcançados, largando uma garrafa de gasolina que seria usada para destruir o coletivo.
A outra ação foi na altura do Parque União, perto do acesso ao Aeroporto Internacional Tom Jobim. Os criminosos conseguiram escapar para dentro da favela. Nos dois casos, os passageiros já tinham sido obrigados a desembarcar dos coletivos.
A SuperVia, concessionária do serviço de trens no Rio, informou que, por medida de segurança, a circulação dos trens do ramal de Santa Cruz permanece alterada, com a linha de Campo Grande operando entre as estações da Central do Brasil e Bangu desde segunda-feira (22), devido à troca de tiros entre a PM e traficantes em Senador Camará, na zona oeste. O serviço deve ser normalizado até o meio-dia de hoje.
Edição: Graça Adjuto
Vitor Abdala
Enviado Especial
Porto Príncipe - Em amplo terreno na localidade de Bel Air, na capital haitiana Porto Príncipe, funciona a sede da organização não governamental Viva Rio Haiti, uma espécie de subsidiária da ONG carioca, criada entre 2006 e 2007. Lá, o português é uma das línguas mais faladas.
Entre outras atividades oferecidas pela organização estão oficinas de capoeira e dança para crianças e jovens haitianos da região de Bel Air, considerada uma das mais perigosas de Porto Príncipe. Entre os alunos da oficina de dança está Eliana Brignol, de 11 anos, moradora de um acampamento desde que o terremoto de janeiro destruiu a casa onde vivia.
A menina conta que começou a frequentar a oficina porque não tinha nada para fazer depois da escola. “Aqui, pelo menos, eu danço e faço amigos. Meus pais me apoiam porque têm confiança de que esse projeto pode trazer alguma coisa boa para mim”, conta.
Bertine Role, de 23 anos, também participa das oficinas da ONG brasileira. Desde o terremoto de janeiro, ela não mora mais em Bel Air porque, depois da destruição de sua casa, teve que morar com parentes em outra cidade, próxima a Porto Príncipe. Mesmo assim, não deixa de retornar ao antigo bairro para participar da oficina de dança.
“Depois de passar por uma catástrofe como foi o terremoto, tive que encontrar algum lazer, alguma coisa para combater o estresse, por isso venho para a oficina da Viva Rio”, disse a haitiana.
Nazaire Katsu, de 32 anos, é um dos homens que participam da oficina. Ex-dançarino de hip hop, ele decidiu participar da atividade, que ensina danças tradicionais haitianas com um toque brasileiro. “Muita gente que eu conhecia perdeu a vida no terremoto. Fiquei muito triste. Então, achei importante fazer uma atividade como essa”, disse.
O haitiano mora em Bel Air com a mulher e o filho. Depois que sua casa foi destruída pelo terremoto, ele usou as habilidades de artesão para construir um novo lar, de madeira, para abrigar a família no acampamento onde vive.
Apesar do desastre que marcou sua vida e dos problemas do país, Nazaire diz que gosta do Haiti e que pretende continuar morando ali. “Essa é a minha terra natal. É aqui onde tenho minha vida. Acho que essas eleições poderiam nos dar um bom governo, que fosse capaz de ajudar todos os haitianos que precisam”, disse.
Bertine também diz que pretende continuar vivendo no Haiti, apesar de todas as dificuldades, e aposta suas fichas no novo governo. “Temos muitos problemas de segurança, de lixo e de falta de escolas, de hospitais e de universidades. Mas, para mim, o país é bom, porque nasci aqui. Precisamos de alguém que organize as coisas”.
A pequena Eliana Brignol não manifesta tanto otimismo quanto seus colegas mais velhos. “Não gosto de morar no Haiti porque aqui tem muitos criminosos, que atiram nas pessoas. As crianças não podem comer bem e há pais que não conseguem pagar uma escola para seus filhos”, diz a menina, acrescentando que gostaria de morar no Brasil, desejo compartilhado pela colega Wood-Line Joseph.
Edição: Graça Adjuto
Vitor Abdala
Enviado Especial
Porto Príncipe - Os 2 mil militares que participam da missão de paz das Nações Unidas no Haiti (Minustah) não são o único contingente brasileiro morando e trabalhando no país caribenho. Um grupo de 14 brasileiros, que trabalha para a organização não governamental Viva Rio Haiti, forma uma espécie de “minicolônia” em Porto Príncipe.
A peculiaridade desse grupo é que, nas horas vagas e nos dias de folga, ele tenta se integrar à sociedade haitiana, participando de eventos sociais e frequentando espaços de lazer da cidade.
O economista gaúcho Jean Phylipe Espírito Santo, de 26 anos, trabalha no Haiti desde julho deste ano. Ele conta que os brasileiros todos dividem uma mesma casa na localidade de Pacot, em Porto Príncipe, com mais três funcionários da ONG - uma haitiana, uma francesa e seu marido haitiano.
Segundo ele, apesar de viverem juntos, os brasileiros, de forma alguma, ficam reclusos na casa depois de deixar o trabalho. Jean Phylipe disse que não é raro que pelo menos parte do grupo saia à noite para se divertir em bares, restaurantes ou casa de amigos haitianos e estrangeiros. “Realmente a vida social aqui me surpreendeu. Eu vim esperando não ter nada para fazer. Trouxe mil livros e vídeos, preparado para ficar em casa, mas não foi o que aconteceu. Há vários bares e restaurantes”, conta o economista, que já morou em Portugal, na França e no Senegal antes de ir para o Haiti.
“Nós temos amigos haitianos. Alguns dos nossos 700 funcionários haitianos, por exemplo, acabaram formando laços de amizade com a gente. Nós vamos para tudo o que convidam: cerimônia vodu, batizado, casamento”, brinca o advogado Pedro Penna, de 39 anos, que chegou ao Haiti em fevereiro de 2010.
Esta não é a primeira vez que Pedro mora em locais conturbados por causa do trabalho. Em 2007, ele participou de uma missão no Timor Leste, país que passou por momentos violentos depois da independência. “Voltei para o Brasil com minha esposa para ter meu filho. Depois que ele nasceu, pensei que nunca mais ia voltar a fazer trabalhos em locais como esses. Mas aqui estou”, disse.
É claro que a vida no Haiti não é das mais fáceis. A rede elétrica, por exemplo, tem apagões com frequência. Por isso, a casa dos brasileiros precisa contar com um gerador, para que não fiquem às escuras nos constantes blecautes.
A água precisa ser fornecida pela base da ONG Viva Rio Haiti, que tem sua própria estação de tratamento, por meio de caminhões-pipa. A casa também tem um sistema de captação de água da chuva. Com relação à segurança, os brasileiros adotam procedimentos para evitar ações violentas, como sequestros. “Quando saímos à noite, nunca vamos ao nosso carro sozinhos. Sempre vamos em grupos de três a quatro pessoas”, conta Pedro. “Apesar disso, nunca me senti ameaçado no Haiti como me sentia no Brasil.”
Com a epidemia de cólera no país, a vida dos brasileiros se tornou ainda mais difícil. Apesar de não deixarem de frequentar restaurantes, eles precisam tomar certos cuidados, como não ingerir comidas cruas. Já os passeios à praia localizada ao norte de Porto Príncipe, à qual costumavam ir, foram interrompidos, já que ela fica próxima a Artibonite, onde há o maior número de casos da doença. Pedro, por exemplo, pensa em voltar ao Brasil, já que seu filho não poderá mais visitá-lo por conta da epidemia.
Uma das integrantes mais antigas do grupo, a professora de dança e artes cênicas Aíla Machado, de 28 anos, está no Haiti há um ano e cinco meses. “Não sei quanto tempo mais vou ficar aqui. Irei embora quando achar que minha missão foi cumprida ou quando algum desastre natural tornar impossível continuar aqui. Mas, de uma coisa tenho certeza: já estou muito integrada [à sociedade haitiana]. Há um ano e meio que estou, todo dia, me integrando um pouquinho. Essa aqui é minha segunda casa. No dia em que eu sair daqui, será com o coração apertado, sabendo que deixarei muito de mim aqui, mas vou levar muito do Haiti comigo”, disse.
Edição: Graça Adjuto
Vitor Abdala
Enviado Especial da Agência Brasil
Porto Príncipe - As tropas brasileiras da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) vão reforçar o patrulhamento das ruas de Porto Príncipe a partir de amanhã (25). A medida se deve a informes recebidos pelas tropas sobre a possibilidade de ocorrências de distúrbios na capital haitiana, a três dias das eleições presidencial e parlamentar no Haiti, no domingo (28).
Nos últimos dias, o clima nas ruas de Porto Príncipe foram de aparente tranquilidade, sem registro de confrontos ou distúrbios envolvendo as tropas brasileiras. Nas ruas, placas, cartazes, pichações e carros de som anunciam os candidatos a presidente, deputado e senador.
A reportagem da Agência Brasil percorreu as ruas da cidade e constatou que os políticos que se elegerem terão grandes desafios pela frente, a começar pela reconstrução da capital depois do terremoto de janeiro, que deixou milhares de mortos e 1,3 milhão de desabrigados. O próprio Palácio Nacional, sede do governo haitiano, continua em ruínas. A maioria das casas que desabaram ainda está no chão e muitos escombros, sequer, foram recolhidos.
Outro desafio será o combate ao cólera e a outras doenças relacionadas com a falta de saneamento básico. Eles também vão ter que resolver a situação dos desabrigados que vivem em cerca de 900 acampamentos em condições precárias. Há problemas também nas áreas residenciais permanentes, como a Favela de Bel-Air, onde o esgoto corre a céu aberto.
Os canais e rios da cidade estão, em sua maioria, assoreados com imensas quantidades de lixo. Nas calçadas, um grande número de vendedores comercializam, em barracas, todo tipo de mercadorias, de roupas a comida. Nas barracas, a comercialização de comida, em sua maioria, é feita no chão sem a menor preocupação com a higiene. A água é vendida em saco plástico, numa espécie de sacolé, no qual os consumidores colocam a boca na embalagem.
Outro problema é a infraestrutura de Porto Príncipe. As ruas são esburacadas e há pouca sinalização nas vias, com engarrafamentos diários. À noite, as ruas ficam escuras devido à falta de iluminação pública.
A zona comercial da cidade é formada por lojas de materiais de construção, lotéricas, barbearias, autopeças e estabelecimentos de venda de água potável, tratada com o sistema de “osmose reversa”, o mesmo usado pelas tropas brasileiras em sua base militar.
Em função das eleições, a Minustah iniciou uma operação chamada Bonjour, para aumentar a presença das tropas nas ruas e coibir os distúrbios. Com o aumento da possibilidade de incidentes, a partir de amanhã (25) o efetivo será ampliado.
Edição: Aécio Amado
Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou hoje (24) a retirada da cláusula que proíbe empresas de telefonia fixa de atuar no mercado de TV por assinatura, que atualmente consta dos contratos de concessão firmado com as operadoras. Na prática, a alteração não permite imediatamente a entrada das empresas nesse mercado, porque a Lei de TV a Cabo veta essa participação.
O relator da proposta, conselheiro João Rezende, argumentou que o mercado de TV a cabo está estagnado e monopolizado. “Nos últimos anos, as condições do mercado mudaram radicalmente, sendo caracterizadas pela convergência tecnológica e de serviços”.
O Conselho Diretor da agência realizou hoje uma sessão pública para debater as novas regras para os contratos de concessão da telefonia fixa, que valerão para o período de 2011 a 2015. A conselheira Emília Ribeiro foi contra a liberação das operadoras, argumentando que devem ser respeitados os princípios da Lei de TV a Cabo, que veta a participação das operadoras nesse mercado.
O presidente da agência, Ronaldo Sardenberg, foi favorável à retirada da proibição, lembrando que a cláusula contribui pouco para resolver as dúvidas sobre a participação das concessionárias de telefonia fixa no mercado de TV a cabo, porque já existe uma legislação que trata do assunto. “É de conhecimento a tramitação no Congresso Nacional de projetos de alteração no marco legal dos serviços de TV por assinatura, e caberá à Anatel assegurar a implementação advinda de atuais alterações na política setorial”.
A revisão dos contratos incluiu outras medidas como a obrigação de atendimento pessoal pelas operadoras e a proibição de que as contas telefônicas tragam cobranças de outros serviços além dos de telefonia, sem expressa autorização do usuário. Outra determinação foi o fim do teto tarifário para as ligações de longa distância. Assim, as operadoras ficam livres para aumentar o preço, mas apenas com autorização prévia da agência.
A Anatel também determinou que os recursos destinados ao pagamento da renovação dos contratos de concessão podem ser utilizados diretamente pelas operadoras no financiamento de novos projetos de universalização da telefonia. Hoje, essa taxa é 2% sobre a receita líquida e os recursos são recolhidos para o caixa da União.
Edição: Rivadavia Severo