07/11/2003 - 11h15

Chinese mission will conduct inspection to purchase Brazilian meat

Brasília, November 7, 2003 (Agência Brasil - ABr) - A Chinese technical mission will arrive in Brazil on November 14, to inspect slaughterhouses in the country and authorize the expansion of Brazilian meat exports to that country. This is one of the results of the week-long visit by the Minister of Agriculture, Roberto Rodrigues, to China.

During the past 12 months, Brazil has exported 9 thousand tons of poultry, pork, and beef, worth US$ 6 million: US$ 1.6 million in poultry, US$ 2.4 million in pork, US$ 500 thousand in beef, and US$ 1.5 million in variety meats.

Minister Rodrigues, who is in Beijing, said today on the telephone that the Chinese are willing to import transgenic soybeans produced in Brazil. He also informed that a bilateral work group will be formed to study a long-term strategic project based on the growth potential of Brazilian agrobusiness and the Chinese demand for foodstuffs.

According to the Minister, negotiations were also initiated for a possible opening of the market to Brazilian fuel alcohol, "as a result of Chinese concern over the environment and the growth of the middle class in that country, inducing an increase in the fleet of vehicles." Rodrigues emphasized, however, that this negotiation will not occur immediately, since the Chinese have their own project to produce alcohol from corn. (DAS)

07/11/2003 - 11h09

Primeira-dama é recebida por crianças carentes na periferia de Windhoek

Spensy Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Windhoek - A primeira-dama, Marisa Letícia, e a Ministra da Assistência Social, Benedita da Silva, visitaram na manhã de hoje duas instituições carentes na periferia de Windhoek, na Namíbia. Primeiro, elas conheceram as instalações do Penduka Trade Center, projeto que desenvolve um trabalho de capacitação com grupos de mulheres portadoras de deficiência física da zona rural. Em seguida, Marisa foi recebida por cerca de 90 crianças, na Children´s Home, uma casa criada para abrigar e educar crianças abandonadas.

07/11/2003 - 11h09

Amorim reúne-se com Zoellick e Powell para discutir a Alca

Milena Galdino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, deixou a comitiva do presidente Lula na África para se reunir, hoje e amanhã, com colegas de toda a América. O grupo que já se encontra em Washington é composto por ministros de Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, El Salvador, Estados Unidos, Jamaica, México, Panamá, Peru, Trinidad e Tobago e Uruguai – todos delegados por seus países como responsáveis pela negociação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).

O encontro, que acaba neste sábado, é uma prévia da 8ª Reunião Ministerial da Alca, marcada para os dias 20 e 21 de novembro, em Miami. Será mais uma tentativa de viabilizar a Alca, prevista para entrar em vigor em 2005, que pode vir a ser uma das maiores alianças comerciais do mundo.

Desde de setembro, com o fracasso das negociações no âmbito da Organização Mundial do Comércio, em Cancun, negociadores brasileiros e norte-americanos não se encontram. A reunião de hoje pode ser uma nova oportunidade de se restabelecer tentativas de acordos comerciais para redução de subsídios e acessos a mercados. Espera-se para hoje um encontro entre o chanceler Celso Amorim e o secretário de Estado dos EUA, Collin Powell. Amorim também deve conversar com o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Zoellick.

07/11/2003 - 11h07

Presidente da CUT defende melhores condições no acordo com o FMI

São Paulo, 7/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O governo brasileiro pode negociar um acordo com o FMI em melhores condições, disse há pouco o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho, que defende o estabelecimento de uma carência para pagamento da dívida com o Fundo.

Para Marinho, o Brasil só deveria pagar as parcelas do empréstimo a partir de 2005, porque dessa forma o Brasil poderia, no ano que vem, investir mais e criar condições para manter um crescimento sustentável. "O governo brasileiro deveria objetivar um acordo buscando carência de pagamento, no momento em que nós estamos na fase de retomada do crescimento. Nesta fase é preciso dinheiro disponível para poder avançar mais rapidamente e o crescimento pode responder à necessidade de geração de empregos no país", disse.

O presidente da CUT criticou também o superávit primário de 4,25% negociado no acordo. Para ele, o valor é elevado e sacrifica o potencial de investimento e retomada do crescimento. "A lógica do superávit muito grande busca tirar uma parcela de recursos da economia", disse, acrescentando que com isso a economia se mantém desaquecida.

Marinho participou da cerimônia de assinatura de acordo da CUT com mais dez bancos para viabilizar empréstimos a trabalhadores com desconto em folha de pagamento. Com isso, sobe para 30 o número de instituições financeiras que podem oferecer crédito por esse meio. Hoje assinaram esse acordo: Paranabanco, Exprinter, Cruzeiro do Sul, BGN, Intermidum, Votorantim, Bom Sucesso, Bic Banc, Fibra e Banco do Nordeste e Brasil Maria Casa.

07/11/2003 - 11h00

MIssão chinesa fará vistoria para comprar carne brasileira

Brasília, 7/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - No próximo dia 14 chegará ao Brasil uma missão técnica chinesa, a fim de vistoriar os frigoríficos nacionais e autorizar a ampliação das exportações de carnes brasileiras para aquele país. Este é um dos resultados da visita de uma semana do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, à China.

Nos últimos 12 meses, o Brasil exportou 9 mil toneladas de carnes de frango, suína e bovina, no valor de US$ 6 milhões. Em frango in natura, foram US$ 1,6 milhões; em suínos, US$ 2,4 milhões; em bovinos, US$ 500 mil; e em outras carnes (miúdos), US$ 1,5 milhão.

O ministro Roberto Rodrigues, que está em Pequim, disse há pouco por telefone que os chineses estão dispostos a importar a soja transgênica produzida no país. Ele informou ainda que será criado um grupo bilateral de trabalho para estudar um projeto estratégico de longo prazo, em função do potencial de crescimento do agronegócio brasileiro e da demanda chinesa por alimentos.

Segundo o ministro, foram iniciadas também negociações sobre uma possível abertura de mercado para o álcool combustível brasileiro, "em função da preocupação chinesa com o meio ambiente e o crescimento da classe média naquele país que resulta no aumento da frota de veículos". Rodrigues destacou, no entanto, que esta negociação não será imediata, pois os chineses têm um projeto próprio de álcool a partir do milho.

07/11/2003 - 10h57

Belo Horizonte sedia 1º Fórum Social Brasileiro

Belo Horizonte, 7/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O 1º Fórum Social Brasileiro, com o lema "Um Outro Mundo é Possível – Um Outro Brasil é Necessário", tem previstas cerca de 300 atividades até domingo (9), reunindo mais de 10 mil participantes em seminários, oficinas e conferências.

Organizado por entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), UNE (União Nacional dos Estudantes) e a Cáritas Brasileira, o encontro visa aprofundar o debate sobre os impactos do processo de globalização para o Brasil.

07/11/2003 - 10h54

Mulheres Bororo são bicampeãs de futebol nos Jogos dos Povos Indígenas

Palmas, 7/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - As mulheres Bororo repetiram a conquista do ano passado, na competição realizada em Marapanim, no Pará, e são bicampeãs em futebol feminino nos VI Jogos dos Povos Indígenas. Na partida disputada no campo da Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), as atletas da aldeia Merure, em Mato Grosso, derrotaram por 2 a 0 as da aldeia Rikbatsa, também em Mato Grosso. O terceiro lugar ficou com as Aikewara, do Pará, que venceram a equipe Terena por 3 a 1.

No futebol masculino, os Xikrin e os Kaiapó decidem a final no Estádio Nilton Santos, onde os Xavante de Mato Grosso conquistaram o terceiro lugar ao derrotarem os Karajá da Ilha do Bananal (TO) por 5 a 1.

Material produzido por alunos de Jornalismo da Universidade Católica de Brasília

07/11/2003 - 10h46

Cruzeiro e Santos serão base da seleção pré-olímpica de futebol

Rio, 7/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - Cruzeiro e Santos serão a base da seleção pré-olímpica do Brasil durante o torneio que será disputado no mês de janeiro no Chile. A afirmação é do técnico Ricardo Gomes, que reúne o grupo a partir de segunda-feira (10), em local a ser definido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para dois jogos amistosos, entre os dias 15 e 19 deste mês. Ricardo Gomes pretende testar os meias Elano e Wendel nas laterais, como opção para o pré-olímpico.

O time base está definido com: Gomes (Cruzeiro); Maicon (Cruzeiro), Alex (Santos), Edu Dracena (Cruzeiro) e Maxwell (Ajax, da Holanda); Fábio Rockenbach (Sporting, de Portugal), Paulo Almeida (Santos), Elano (Santos) e Paulinho (Atlético-MG); Robinho (Santos) e Nilmar (Internacional).

(Wellington Campos)

07/11/2003 - 10h43

Pauta de Fotos n.4

Brasília, 7/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - A seguinte foto está à disposição dos jornais na Internet:

Brasília - Cacique Raoni anuncia, durante entrevista ao Revista Amazônia, a criação da primeira televisão indígena do Brasil. Foto Roberto Barroso-hor-ABr/foto 7
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De acordo com a legislação em vigor, solicitamos aos nossos assinantes e usuários a gentileza de registrar os créditos como no exemplo abaixo: nome do fotógrafo - ABr

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Para receber as fotos da Agência Brasil, acesse a página da Radiobrás na Internet: http://sn-01.radiobras.gov.br/fotos/default.htm Informações poderão ser fornecidas pelo telefone (0XX61)327.1377.

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07/11/2003 - 10h41

Cacique Raoni cria televisão indígena

Brasília, 7/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O cacique Raoni Memtuktire anunciou hoje a ciração da primeira televisão indígena no país. "Eu nunca vou brigar sem precisão mas também não vou deixar nunca de brigar pelo direito que o povo tem, e por isso estou criando esta primeira televisão em aldeia", afirmou o cacique, em entrevista ao programa Revista Amazônia, na Rádio Nacional da Amazônia. O canal Aldeia Virtual está sendo instalado na Aldeia Cachoeira, na Terra Indígena Kapoto-Jarina, município de São Felix do Xingu, no Mato Grosso.

Na mesma entrevista, que foi traduzida para o português pelo cacique Pitiujaro Memtuktire, Raoni lembrou, emocionado, que o primeiro branco que ele conheceu, há 50 anos, foi Orlando Villas Boas, a quem chama de "o grande pai". Ele citou entre os "brancos inimigos", os madeireiros, pecuaristas, pescadores e caçadores, a quem lembrou que conta com "os guerreiros para defender a área", mas lembrou que prefere antes "ter conversa direta com as autoridades em Brasília".

"Eu não quero briga com ninguém mas também não quero invadir terra de fazendeiro, porque eu só vou na cada dele com permissão. Então, não posso deixar que ele continue invadindo nossa terra, e tenho até medo que um dia ele acabe com os peixes dos nossos rios e com os bichos no mato, e é por isso também que eu estou trabalhando para a criação deste primeiro canal de televisão de índio, disse.

Raoni Memtuktire, cacique da Nação Membemgocrê, que significa Povo do Olho d’Água, não gosta de lembrar que já foi recebido pelos Presidentes da França, Jacques Chirac e François Mitterand, pelo Rei da Bélgica, entre outros, e que o documentário "Raoni-Fight in the Amazon" ganhou o Oscar, em Hollywood, com narração de Marlon Brando, a quem conheceu pessoalmente, a exemplo de diversos Presidentes do Brasil, desde Juscelino Kubitscheck. Falta agora a audiência com Luis Inácio Lula da Silva, a quem deu um conselho "de cacique para cacique".

" Eu não sou contra, sou a favor de Lula, e o primeiro passo é que ele tem que trabalhar direito. Como Presidente, como chefe, ele tem que pensar direito duas, três vezes, para poder falar depois. Eu penso, como cacique do meu povo, sempre penso muito grande, nunca penso pequeno, só penso em defender e resolver as coisas do meu povo. Por isso eu brigo, se for preciso. É este o conselho, e estou esperando que ele me convide para nós dois trocarmos umas idéias sobre os índios", disse Raoni.

Sobre os encontros que teve com personalidades estrangeiras, o cacique Raoni disse que sempre conversou sobre o trabalho que está realizando junto ao povo indígena de todo o Brasil, sobre a preservação da natureza e contra a invasão dos brancos em terras de índio. Ele disse que, rei ou presidente, sempre se apresenta "respeitando a autoridade e mostrando que meu trabalho sempre é aberto e muito bem esclarecido, sem esconder nada e nem mentir, e dizendo que só uso coisa que é minha, nunca vou usar coisa que é do outro".

Na parte da saúde dos indígenas no Brasil, o cacique Raoni lembra com amargura que, enquanto os índios deram de presente para os brancos alguns remédios importantes, como o curare e o quinino, que cura a malária, os brancos deram de presente para os índios doenças, sem contar as manias de bebida, de briga e de roubo. "O que acontece hoje de ruim nas aldeias de índios – completou Raoni – é tudo coisa de branco". O cacique lembra que índio só curava doença antiga com remédio achado no mato e que hoje precisa de injeção e comprimido.

Nem todo branco é ruim, segundo o cacique Raoni, e disso ele lembrou com emoção na entrevista que deu ao programa Revista Amazônia, quando fez questão de falar na língua dele . Ele só se traiu, e falou em português, quando na hora de citar os "inimigos" dos índios, o entrevistador se esqueceu de colocar os pescadores e os caçadores.

"O grande pai Villas Boas dava conselhos que continuam ainda na minha cabeça, porque ele não mentiu, ele deixou história, e foi ele que pensou nesta história de demarcar terra para índio viver nela e cuidar da preservação da natureza, e foi ele, junto com o irmão, os dois, Orlando e Cláudio, que me ensinaram a ser um cacique lutador. Ele sempre lembrava para a gente os perigos do homem branco, e nisto nunca se cansava de avisar dos perigos da bebida para a saúde da gente, completou".

Para o homem branco que pretende ser "cacique, chefe ou autoridade", Raoni lembrou como é feito o processo lá na aldeia, que ele gostaria que fosse seguido na cidade: "É preciso se preparar desde criança. Tem que estudar, fazer treinamento. Isso é demorado, leva anos, e não é fácil. A pessoa tem que aprender com quem já foi cacique, tem que ter muita paciência, e só assim ele vai chegar um dia e decidir que está em condição de assumir. Quem não tem capacidade para tudo isso, não passa, não deve ser cacique, ou chefe no mundo do branco".

(Eduardo Mamcasz)

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