Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Bolívia, Evo Morales, deve chegar hoje (27) ao Rio de Janeiro para participar amanhã (28) da Missa do Envio, a última celebração do papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), às 10h, em Copacabana. Também são esperados para a missa os presidentes Cristina Kirchner (Argentina), Desi Bouterse (Suriname) e Rafael Correa (Equador), além dos vice-presidentes Danilo Astori (Uruguai) e Juan Carlos Varela Rodríguez (Panamá). A presidenta Dilma Rousseff e ministros de Estado também participam da celebração.
Morales estava em Havana, Cuba, onde participou das comemorações do aniversário da Revolução Cubana, que ocorreu em 1959. Antes de viajar para o Brasil, o presidente boliviano irá a Cochabamba para participar de uma cerimônia, na cidade de Punata e de uma reunião de organizações culturais.
Bolívia e Brasil têm pelo menos dois assuntos delicados em pendência. Um deles é sobre a chegada dos cinco torcedores do Corinthians que continuam presos em San Pedro, em Oruro, apesar de existir um parecer da Justiça da Bolívia favorável à soltura. Os torcedores foram acusados de envolvimento na morte do adolescente boliviano Kevin Douglas Beltran Espada, de 14 anos, em fevereiro.
O Ministério das Relações Exteriores reafirmou que a Embaixada do Brasil na Bolívia continua trabalhando para que os brasileiros sejam libertados o mais rápido possível. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, isso pode acontecer a qualquer momento. Os cinco torcedores fazem parte de um grupo de 12 corintianos acusados pela morte do estudante.
A liberação foi parte de um acordo entre Justiça boliviana e os advogados do Corinthians. Pelo acordo, a família de Espada receberá uma doação de US$ 50 mil. Paralelamente, há ainda um segundo tema envolvendo Brasil e Bolívia: há 14 meses o senador boliviano Roger Pinto Molina está abrigado na Embaixada do Brasil em La Paz à espera de autorização para deixar o país.
O parlamentar, que é de oposição, pediu asilo político ao Brasil, que concedeu. Mas para ele deixar a embaixada brasileira precisa de autorização das autoridades bolivianas.
*Com informações da agência pública de notícias da Bolívia, ABI
Edição: Andréa Quintiere