Paulo Bernardo prevê crescimento de 5% para 2010

21/10/2009 - 16h54

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oministro do Planejamento, Paulo Bernado, prevê um crescimento da economia de 5% para o próximo ano. Ao participar hoje (21) de audiência daComissão Mista de Orçamento, o ministro considerou que o índice nãoé polêmico diante de projeções mais otimistas que estão sendofeitas pelo mercado. “Nós colocamos uma previsão de crescimento de 4,5% e já vi gente falando em até 6%. Nós temos um prazo até o final de novembro paradefinir isso e devemos fazer uma revisão dos parâmetros.Particularmente, teremos um índice acima de 4,5%. Não teria dificuldadede colocar um índice de 5%. Acho que esse índice, hoje, seria razoável enem um pouco polêmico diante das estimativas que tenho visto”, disse oministro.Paulo Bernardo disse, ainda, que o governo estáconvencido de que o pior da crise já passou e que o fator principalpara que a crise no Brasil não produzisse efeitos tão negativos foi omercado interno. “Estamos convencidos de que o Brasil evitou o piornessa crise não só pelas medidas tomadas pelo governo como a oferta decrédito e a redução de impostos. Mas o mercado interno foi absolutamentedecisivo para que a gente não tivesse um efeito muito negativo. OBrasil entrou mais atrasado na crise e vamos ganhar posições por contado mercado interno, que continua mais aquecido. Alguns segmentosmantiveram o poder aquisitivo”, afirmou.Ele também se colocou contrário à redução da meta de superavitprimário para o próximo ano defendida pelo relator da propostaorçamentária, deputado Geraldo Magela (PT-DF). “Nossa posição édiferente porque acreditamos que estamos em uma trajetória decrescimento perfeitamente compatível com a manutenção da meta de 3,3% doPIB [Produto Interno Bruto]”, destacou. Mageladefende que o percentual a ser economizado pelo governo no próximo anofique em 2%. O superavit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida.O salário mínimo previsto pelo governo para o próximo ano será de R$ 505,90 a serem pagos a partir de janeiro. De acordo com o ministro, esse valor vai produzir um impacto de R$ 8,2 bilhões sobre as contas da Previdência Social.