Garcia defende que PMDB seja vice em eventual em chapa com o PT

21/10/2009 - 19h59

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência daRepública, Marco Aurélio Garcia, defendeu que o PMDB indique o candidato à vice em umasuposta chapa à sucessão presidencial encabeçada pela ministra-chefe daCasa Civil, Dilma Rousseff. Esquivando-se em mencionar nomes, Garciaelogiou o PMDB. Ele falou sobre o assunto na véspera do jantar dospeemedebistas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva selando umpré-acordo para as eleições de 2010, em entrevista exclusiva para a TV Brasil.  “O melhor vice vaidecorrer do nível de entendimentos políticos que se faça com os outrospartidos. Não quero fulanizar. [Mas o melhor noivo] é o PMDB, eu achoporque é uma boa possibilidade”, afirmou Garcia.A entrevista completa de Garcia foi concedida aoprograma 3 a 1, da TV Brasil, que irá ao ar hoje (21), às 23h. Oassessor foi entrevistado pelos jornalistas Helena Chagas, diretora deJornalismo da EBC, Roberto Maltchik, repórter da TV Brasil, e ElianeCantanhêde, colunista do jornal Folha de S.Paulo.     Afirmandoser um defensor da parceria com o PMDB, Garcia elogiou o partido e suahistória. “O PMDB pode desagradar uns e determinados setores, mas temuma determinada tradição e quadros de enorme valor e de uma presençamuito forte na vida política brasileira. Eu defendo uma aliançapolítica não de agora, mas de muito tempo. Acho que não se governa estepaís só com um partido, mas apenas com partidos muito afins”, disse.O assessor especial reconheceu, porém, que há divergências ideológicas epolíticas entre o PT e o PMDB. No entanto, Garcia disse que essas diferençasnão podem impedir as negociações em busca de umacoligação partidária única. “Há muitas diferenças entre o PMDB eo PT. Mas exatamente o segredo das coligações é a coligação entre osdiferentes. Se as coligações fossem só entre iguais, nós estaríamosmarchando para algo como no Uruguai, para uma frente ampla. Acho quenós podemos pensar em uma aproximação maior com os partidos que temosmais afinidades”, afirmou.