Assessor especial da Presidência sugere que Ciro concorra ao governo de São Paulo

21/10/2009 - 19h37

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A um ano das eleições,o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidênciada República, Marco Aurélio Garcia, evitou criticar os eventuaisadversários políticos da ministra-chefe da Casa Civil, DilmaRousseff. Para ele, é possível planejar uma unidadepolítica. “Eu espero que haja unidade”, disse Garciasugerindo ainda que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) dispute o governode São Paulo em vez da sucessãopresidencial. “In pectore [no coração, no peito] é uma boasaída [Ciro ser candidato ao governo de São Paulo].Estou há sete anos afastado da vida política de SãoPaulo. Sou filiado ao PT de São Paulo, vou estar na eleiçãointerna do PT de São Paulo e tenho amigos lá, mas nãoconheço a problemática interna [paulista]. Mas acho queseria um excelente candidato, [mas] também temcondições de ser candidato a presidente da República”,disse.Afirmando ser amigo de longa data de Ciro,Garcia elogiou o ex-ministro da Integração Nacional do governo do presidente Luiz InácioLula da Silva.“Eu tenho pelo Ciro um enorme respeito e que não vem destegoverno, eu já o conhecia antes. Teve um comportamentoextremamente leal, de grande valia e de grande inteligência. Eunão escondo isso. Eu tenho uma grande admiraçãopor ele”, afirmou.A entrevista completa de Garcia foiconcedida ao programa 3 a 1, da TV Brasil, que irá ao arhoje (21), às 23h. O assessor foi entrevistado pelosjornalistas Helena Chagas, diretora de Jornalismo da EmpresaBrasileira de Comunicação (EBC), Roberto Maltchik,repórter da TV Brasil, e Eliane Cantanhêde, colunista dojornal Folha de S.Paulo. Ao ser perguntado sobre umaeventual disputa entre Dilma Rousseff e a ex-ministra do MeioAmbiente e senadora Marina Silva (PV-AC), Garcia optou por associar operfil da ex-petista e suas supostas afinidades com o governo Lula.“Não quero subestimar a perda da Marina Silva. Entendemossua saída. Entendemos que ela saiu para fazer de certa maneirauma carreira solo”, disse. “Eu acredito que enquanto pessoa, ela estará muito maispróxima aos projetos do PT do que da oposição.Acho que ela está vivendo um certo drama porque setores daoposição querem cooptá-la para a agenda daoposição, que não é a agenda da Marina.Ela pode ter algumas discrepâncias que são justificáveisem alguns temas”, completou.