Modelo cubano de alfabetização erradicou analfabetismo na Venezuela

21/02/2006 - 13h08

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – No ano passado, a Venezuela foi declarada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) país livre do analfabetismo. O método de alfabetização utilizado, cubano, será agora testado no Brasil em um programa-piloto no Piauí. O modelo já é usado em 17 países, entre eles Haiti, Argentina, México, Nicarágua, Bolívia, Equador e República Dominicana. Em todos esses países, já foram alfabetizadas cerca de 1,5 milhão de pessoas.

"As aulas já estão sendo preparadas em 65 idiomas e contextos sociais diferentes. Esperamos que dê certo a aplicação desse programa-piloto no Piauí para que ele possa ser estendido a maiores populações", afirma o representante da Embaixada de Cuba em São Paulo, Adolfo Bernardo Nuñez.

O programa cubano de alfabetização foi elaborado pelo Instituto Pedagógico Latinoamericano y Caribeño (Iplac), de Cuba. A finalidade é erradicar o analfabetismo na América Latina. "Este método surge como uma resposta às necessidades crescentes com relação ao flagelo do analfabetismo. Segundo a Unesco, existem mais de 860 milhões de analfabetos e 98% estão no terceiro mundo. É preciso trocar o enfoque tradicional da alfabetização e é por isso que se desenvolveu esse método em Cuba", afirma Adolfo Nuñez.

Os estados interessados em adotar e experiência podem entrar em contato com o Iplac e assinar convênios de colaboração. Além da alfabetização, também já existe o método de pós-alfabetização, que utiliza a mesma tecnologia de videoaulas e promete ensinar aos alunos em dois anos o conteúdo de estudantes da sexta-série.

O endereço do Iplac é Avenida Tercera. No. 402 esquina a calle 4, Miramar, La Habana, Cuba. Os telefones são (537) 209-5424, 209-2246 e o endereço eletrônico é iplac@ceniai.inf.cu