Amazônia Central é declarada Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco

04/07/2003 - 18h52

Brasília, 4/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Uma área de mais de cinco milhões de hectares, na Amazônia Central, foi declarada, nesta semana, como Patrimônio Natural da Humanidade. O título é dado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e significa, além do reconhecimento da importância do sítio, que a área passa a ter acesso a linhas de financiamento especiais que garantam sua preservação.

A área engloba um conjunto de unidades de conservação e passa a ser conhecida como Complexo de Conservação da Amazônia Central. O conjunto inclui o Parque Nacional do Jaú, de 2.272 milhões de hectares, que já tinha o estatus de sítio de patrimônio desde 2000; a Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Amanã, de 2.350 milhões de hectares; a Estação Ecológica de Anavilhanas, de 350 mil hectares; e parte da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, de 260 mil hectares.

A inclusão na lista é compreendida, muitas vezes, como um prêmio, mas a própria Unesco alerta para a importância de entendê-la como um compromisso. Os países que integram a convenção de patrimônio da Unesco têm que investir na proteção dos sítios incluídos. Na década de 80, os primeiros sítios inscritos na lista de Patrimônio Cultural foram as cidades de Ouro Preto e Olinda, o Santuário de Congonhas do Campo, as Missões Jesuíticas do Rio Grande do Sul e o Pelourinho de Salvador. Depois, foram reconhecidas as cidades de São Luís do Maranhão, Brasília e Diamantina (MG). O Parque Nacional da Serra da Capivara também está lista de patrimônio cultural por seus remanescentes arqueológicos e pinturas rupestres, e o Parque Nacional de Iguaçu foi o primeiro sítio natural a ser incluído na lista.