Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Antes de os portões fecharem no Colégio Pedro II de São Cristóvão, zona central do Rio de Janeiro, muitos estudantes aguardavam ansiosos pelo segundo dia de provas do Enem conversando sobre as dificuldades enfrentadas ontem. Treineiros, estudandes que fazem a prova apesar de não cursarem o último ano do ensino médio, estão participando da disputa acreditando que podem antecipar a entrada na universidade se tirarem boas notas.
Esse é o caso das estudantes Raira Juliana Oliveira Costa e Ana Paula Teotônio da Silva, as duas cursando o segundo ano do ensino médio. De acordo com elas, que pretendem estudar odontologia, existe a possibilidade de conseguir entrar na faculdade mesmo sem terminar o terceiro ano, fazendo uma prova de nivelamento na escola. "Vai que dá certo e a gente consegue passar? A escola pode passar uma prova de terceiro ano e a gente termina o ensino médio. Facilita, não é?".
Raira Juliana Oliveira Costa, de qualquer forma, também faz a prova como teste para o ano que vem. "Nas provas de ontem, as questões de química e física foram as mais difíceis para mim, agora em história, geografia, filosofia, foi tranquilo. Mas os textos estavam muito grandes, então a prova foi um pouco chata. Hoje, acho que vai ser mais tranquilo com português e matemática. Redação eu vou bem também".
A colega de Raira, Ana Paula Teotônio da Silva, estava mais confiante que a amiga com o desempenho do sábado, mas teme as provas deste domingo. "A prova de ontem não estava tão difícil como eu achava que poderia ser. Foi tranquilo, física e química [ciências da natureza] foi muito bom. Hoje estou muito nervosa, principalmente com a redação, porque a gente não sabe qual vai ser o tema".
Também fazendo a prova como teste, Pedro Naylor cursa o segundo ano e pretende fazer comunicação social ou ciências políticas. "Ontem, estava meio complicado, tinha umas questões de conhecimento geral e interpretação que estavam complicadas. Física e química [ciências da natureza] estava difícil também. Hoje tem a redação, que também é difícil, mas espero que seja mais tranquilo".
Concorrendo a uma vaga em universidade, Rage Coutro Curi faz o terceiro ano e mora na Ilha de Paquetá. Ele considerou a prova de ontem mais fácil do que a do ano passado, quando prestou o Enem como teste. "Tinha algumas questões complexas, mas estava mais fácil do que no ano passado. Esse ano, eu tenho mais conteúdo; no ano passado, estava no segundo ano e ainda não tinha estudado tudo. Hoje, espero que a redação seja de um tema mais conhecido".
Rage ainda não definiu o curso que pretende escolher. "Estou fazendo o Enem para ter uma nota e depois vou ver o que vou fazer na área de exatas".
Edição: Davi Oliveira
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