Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começou com chuva na região central da capital paulista. Na Universidade Paulista (Unip), campus da Avenida Vergueiro, a reportagem da Agência Brasil acompanhou a entrada dos estudantes. No local, seis candidatos que chegaram atrasados foram impedidos de fazer o exame.
Patrícia Gonzales chegou um minuto depois do fechamento dos portões, às 13 horas. Ela disse que a chuva reduziu a velocidade dos trens no metrô, o que fez com que ela se atrasasse. “Vim da Mooca [zona leste]. Vim correndo, estou até com falta de ar”, lamentou a candidata, que pretendia cursar ciências contábeis.
Pedro Borequi, de 22 anos, também se atrasou para a prova. “Moro longe, próximo à região do ABC. Da outra vez que fiz a prova [do Enem], fiz lá”. Ele contou que enfrentou trânsito no caminho, que fez utilizando dois ônibus e um trecho de metrô. “Até um velhinho caiu na hora de entrar no ônibus e o motorista teve que descer para ajudá-lo”, disse.
Para o teste de hoje (27), que inclui redação, alguns candidatos se dedicaram de forma redobrada. Ramon Rocha Isla, 17 anos, quer passar em medicina. Ele disse que, para a redação, focou o estudo de gramática. Meu diferencial é a força de vontade, estudei bastante”, contou o estudante, que sonha em ingressar na Universidade de São Paulo (USP) ou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Natália Vasques de Lira, de 18 anos, apostou na leitura de temas atuais para embasar os argumentos que vai usar na redação. Ela pretende cursar arquitetura. Michele Bonafé, de 18 anos, interessado em uma vaga em química industrial ou engenharia química na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), também se preparou lendo bastante. “Acho que eu vou bem em redação, li muito e acho que vou conseguir tirar uma nota boa”, disse ela.
Mateus Henrique Gonçalves Silva, 17 anos, também está confiante para fazer a redação. “Gosto de redação, sempre gostei de escrever, escrevo muito, acho que é meu ponto forte”, disse. O jovem quer artes visuais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Rafael Botelho Moreira, 16 anos, quer fazer engenharia química na Unifesp. Ele está no segundo ano do ensino médio, e faz a prova este ano como treineiro. “Queria ver como é a prova, para, o ano que vem, quando for fazer de verdade, estar preparado”, contou.
Disputando entre os jovens estudantes, um candidato mais maduro tinha objetivos diferentes. Pedro Jorge de Andrade, 61 anos, faz o Enem para conseguir o certificado de conclusão do ensino médio. O taxista disse que quer mudar de profissão, e tornar-se corretor de imóveis, o que exige o nível médio de escolaridade. Ele disse que se preparou com a ajuda dos sobrinhos, que são professores.
Edição: Davi Oliveira
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