Maratonista brasileiro ouviu terceira explosão quando voltava para o hotel

15/04/2013 - 21h12

Marcelo Brandão*
Repórter da Agência Brasil


Brasília - O professor de educação física João Montenegro voltava para o hotel, após a interrupção da Maratona de Boston, quando a terceira explosão, na Biblioteca JFK, o surpreendeu. “Quando estávamos voltando para o hotel, com a maioria das ruas bloqueadas, teve a terceira explosão. A gente escutou bem essa explosão, que foi na biblioteca, aqui, da cidade. Essa a gente ouviu bem, foi bem próximo, bem forte”, disse.

Montenegro corria com seus alunos e, faltando cerca de 500 metros para cruzarem a linha de chegada, foram interrompidos pela polícia. Segundo ele, não foi possível ouvir as explosões de onde estavam. “Ficamos de 15 a 20 minutos aguardando. Até então não sabíamos o que tinha acontecido. Então, vimos carros de polícia e de bombeiros passando a todo momento. Então, chegaram as primeiras informações de que tinha havido uma explosão na chegada. Depois, falaram que tinham sido duas explosões”.

Montenegro lamentou o ocorrido, sobretudo em um dia muito especial na cidade. A Maratona de Boston é uma das provas de rua mais tradicionais do mundo, com 117 anos. “É uma prova bem alegre, com muita gente na rua, e, depois disso, o clima mudou completamente. Pessoas chorando. Vimos uma senhora com o braço sangrando e um rapaz com tubo de oxigênio. Enfim, foi o que conseguimos ver”.

Tanto o professor como os alunos estão bem e acompanham as notícias nos quartos de hotel, de acordo com a orientação do governo local. Montenegro mora em Washington, onde faz um curso. No momento, aguarda poder voltar para a capital norte-americana. “O prefeito pediu para ninguém sair do hotel ou de casa. As informações são para ficarmos em casa. Eu ia voltar hoje para Washington. e já perdi meu voo porque o aeroporto fechou. Agora é esperar um pouco mais as informações para saber como vou voltar”.

 

*Colaborou Thaís Antonio, do Radiojornalismo

 

Edição: Aécio Amado

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