Da Agência Brasil
Brasília – A gasolina e o óleo diesel já estão mais caros, após reajuste nas refinarias de, respectivamente, 6,6% e 5,4%. Na capital federal, alguns postos fizeram o reajuste desde ontem (30) à tarde. Em estabelecimentos visitados na Asa Sul e Asa Norte, áreas do Plano Piloto, o preço da gasolina comum variou entre R$2,96 e R$ 2,99, um aumento de cerca de 4%, dentro da estimativa apresentada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Já o preço do óleo diesel, no entanto, teve um aumento maior. Em um posto localizado na Superquadra 302 Norte, o reajuste foi de 7,9%: o consumidor que pagou R$ 2,15 até ontem, está pagando agora R$ 2,32. Além disso, estabelecimentos localizados fora da área central de Brasília estão cobrando preços superiores a R$ 3 para o litro da gasolina.
Para o governo, o aumento do preço na bomba tem que ficar abaixo do reajuste nas refinarias porque os combustíveis contêm componentes que não terão aumento de preço, mas o reajuste para o consumidor pode variar de acordo com a escolha do posto. Em Brasília, entretanto, donos de automóveis consideraram os novos preços “abusivo”, mesmo com aumentos na bomba dentro da previsão do governo.
O publicitário Rafael Santa Cruz disse que o aumento é exagerado. “Não está certo cobrar esses preços que o brasileiro está acostumado a pagar”. Para o servidor público, Guilherme de Araújo de 26 anos, que utiliza carro todos os dias, o reajuste está acima da média. “Para nós, que precisamos de carro, vai ser um impacto muito grande. O aumento vai fazer uma grande diferença no final do mês”.
Guilherme cita ainda a necessidade de o país melhorar a situação do transporte público: “Se o transporte público fosse de qualidade, as pessoas deixariam o carro em casa para andar de ônibus. Assim, não sentiríamos tanto esse aumento”.
Outros consumidores, entretanto, minimizam o impacto do reajuste. O professor e escrito Luiz Reis lembrou que há mais de três anos não há aumento nas bombas. “Aumento é sempre ruim, mas é preciso ver que este aumento da gasolina estava sendo adiado há muito tempo, prejudicando a Petrobras internacionalmente”, ponderou.
A Petrobras informou em nota que o reajuste faz parte da política de preços da companhia e que o motivo foi “alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional”.
Edição: Davi Oliveira
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