Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A venda de combustíveis no Brasil deve fechar este ano com aumento de 6,3%, em relação a 2011. Segundo dados divulgados pelo Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), devem ser comercializados no país 118 bilhões de litros neste ano.
“É um crescimento bastante expressivo, diria até surpreendente para uma economia que cresce em torno de 1,5%. Não me recordo no passado de um PIB tão pequeno associado a um consumo de combustíveis tão elevado”, disse o presidente executivo do Sindicom, Alisio Vaz.
Respondendo por 47,1% do mercado, o óleo diesel deve ter um crescimento de 6,8% nas vendas neste ano, acima da média dos combustíveis. O maior crescimento deve ser registrado nas regiões Centro-Oeste (11%), Nordeste (10%) e Norte (10%).
A gasolina, que representa 33,6% do mercado, terá um crescimento ainda maior: 12,2%. O destaque é a Região Nordeste, onde se espera ter uma alta de 17% nas vendas. No Norte e Centro-Oeste, o mercado deve crescer 15% neste ano.
O querosene de aviação, que tem 6,3% de participação, terá o maior crescimento entre os combustíveis: 36%. Por outro lado, etanol hidratado, óleo combustível e gás natural veicular deverão ter quedas.
O etanol hidratado, que responde por 8,2% do mercado, deverá ter uma redução de 10,4%. Uma das razões pode ser o alto preço do combustível. Segundo o Sindicom, vale a pena abastecer o carro com etanol apenas quando ele tem até 70% do preço da gasolina. Isso ocorreu apenas em quatro estados, entre janeiro e novembro deste ano.
Em São Paulo, o etanol teve preço competitivo em nove meses. Em Goiás, a situação se manteve por oito meses, e em Mato Grosso, por sete meses. No Paraná, o etanol custou abaixo de 70% do preço da gasolina apenas durante um mês.
As quedas esperadas para o gás natural veicular (GNV) e para o óleo combustível chegam a 7% e 2,5%, respectivamente.
Entre os lubrificantes, o crescimento esperado das vendas é 1,9%, com destaque para os automotivos (3%). As graxas e os óleos básicos devem aumentar 1,7%. Já os lubrificantes industriais devem ter queda de 1,2%.
Levantamento divulgado hoje (11) pelo Sindicom também mostra que a gasolina é o combustível com maior carga tributária (34,3%). O diesel tem uma carga de tributos média de 20,6%. Já o etanol tem carga de impostos menor em São Paulo (19,1%) do que no resto do país (27,8%).
Edição: Juliana Andrade