Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Polícia Civil divulgou no final da tarde, o balanço da operação de combate ao jogo do bicho feita hoje cedo (31) para cumprir 16 mandados de busca e apreensão na sede da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) e na casa de contraventores da cúpula do jogo do bicho. Foram apreendidos dinheiro, cheques, armas, computadores e documentos.
Durante a ação, foram apreendidos R$ 13.800 em dinheiro e R$ 360 mil em cheques na casa do contraventor Adilson Coutinho, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. Na casa de um policial militar, na Baixada Fluminense, a polícia apreendeu dois revólveres, três pistolas, uma espingarda, computadores e anotações do jogo do bicho.
A ação foi deflagrada pela Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol). Denominada Dedo de Deus 2, é um desdobramento da Operação Dedo de Deus, feita em 15 de dezembro de 2011 e teve como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão em locais apontados como central de apuração do jogo do bicho e em casas de pessoas suspeitas de envolvimento com a contravenção, além da sede da Liesa.
Os policiais estiveram em Icaraí, região oceânica de Niterói, na cobertura do contraventor Ailton Guimarães Jorge, o "Capitão Guimarães". O apartamento estava vazio e os policiais chamaram um chaveiro para abrir a porta. De lá, foram apreendidos uma torre de computador e documentos, cujo conteúdo será analisado pela polícia técnica. Guimarães foi presidente da Liesa e patrono da Escola de Samba Vila Isabel.
De acordo com o delegado da Coinpol, Glaudiston Galeano, a ação foi desencadeada a partir das apreensões na Operação Dedo de Deus no final de 2011, em que foram encontrados documentos que levaram à identificação de mais pessoas envolvidas no jogo do bicho. Foram identificados 30 deles e, a partir das provas arrecadadas hoje, serão pedidas as prisões dos criminosos.
Segundo o delegado, um dos documentos apreendidos durante a primeira operação foram três carnês de pagamento de carros, na central de apuração de jogo do bicho de São João de Meriti. Os agentes apuraram que eles serviriam de pagamento para policiais militares que faziam serviço de segurança aos contraventores.
Edição: Fábio Massalli
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