Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O aumento de 6,6% concedido pela Petrobras para a gasolina comum em suas refinarias, e que passou a vigorar nesta quarta-feira (30), vai levar o consumidor a procurar abastecer o seu veículo com o etanol, que passa a ter maior competitividade ante o derivado fóssil.
A previsão foi feita pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro (Sindicomb), Manoel Fonseca da Costa.
Na avaliação do presidente do Sindicom, o aumento é ruim tanto para o consumidor como para o revendedor, uma vez que a tendência em um primeiro momento é de que haja retração na demanda tanto de gasolina quanto de óleo diesel – também reajustado nas refinarias da Petrobras em 5,4%.
Nas estimativas de Fonseca da Costa, com os reajustes promovidos pela Petrobras, a gasolina terá aumento médio nas bombas entre 4,5% e 5%, enquanto o óleo diesel ficará entre 4% e 4,5%.
“E é claro que haverá, em um primeiro momento, queda na demanda dos dois derivados, embora o consumidor acabe sempre se acostumando. De qualquer forma, o etanol ficará bem abaixo da média dos 30% de diferença ante a gasolina, margem necessária para dar maior competitividade ao produto”, disse.
Na avaliação do presidente do Sindicomb, enquanto hoje o consumidor paga entre R$ 2,09 e R$ 2,19 pelo litro do álcool, a gasolina, com o aumento anunciado pela Petrobras, passará a custar nas bombas entre R$ 2,90 e R$ 3,00 o litro.
Edição: José Romildo