Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo do Brasil, por intermédio de nota oficial, lamentou hoje (23) o atentado que matou 96 pessoas e feriu mais de 300, em Sanaa, capital do Iêmen (Península Arábica). O ataque na segunda-feira (21) foi provocado por um homem-bomba que se infiltrou em uma área militar. O alvo, segundo autoridades do país, era o o ministro da Defesa, Mohamed Nasser Ahmed.
“O ataque foi perpetrado dois dias antes da realização da conferência internacional Amigos do Iêmen, que ocorre hoje [23], em Riad, [na] Arábia Saudita. O Brasil participa da conferência e acredita se tratar de importante oportunidade para incentivar a cooperação internacional com o Iêmen”, diz a nota.
Em seguida, o texto acrescenta que o país expressa solidariedade às famílias das vítimas, bem como ao governo e ao povo iemenitas. “O governo brasileiro reitera seu repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo”, informa a nota.
Ontem (22), autoridades do Iêmen prenderam dois homens que usavam cintos com 13 quilos de explosivos cada. As prisões ocorreram no dia seguinte à explosão do homem-bomba, em Sanaa.
A rede Al Qaeda, em comunicado, admitiu a responsabilidade e informou que haverá mais episódios semelhantes. O ataque ocorreu dez dias depois de uma ofensiva do Exército contra a rede na província de Abyan, no Sul do Iêmen, onde há um ano os rebeldes têm tomado o controle de várias vilas e cidades.