Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As autoridades do Iêmen (Península Arábica) atualizaram os dados sobre o atentado de hoje (21) em Sanaa, capital do país, envolvendo um homem-bomba. Pelo último levantamento, 96 pessoas morreram e pelo menos 100 ficaram feridas. Os militares foram vítimas de um atentado suicida contra a unidade do Exército. Há suspeitas de que o número de vítimas seja mais elevado.
De acordo com relatos, um homem-bomba, provavelmente de origem iemita, vestido com uniforme militar, explodiu entre os soldados que se preparavam para um desfile na Praça de Sabiine, em celebração ao 22º aniversário da unificação entre o Norte e o Sul do Iêmen.
O ministro da Defesa, Mohammed Nasser Ahmed, que estava no local da explosão, escapou ileso, segundo as autoridades. O presidente iemenita, Abdrabuh Mansur Hadi, era esperado na cerimônia militar.
O atentado suicida ocorre dez dias depois de uma ofensiva do Exército contra o grupo Al Qaeda na província de Abyan, no Sul do Iêmen, onde há um ano os rebeldes têm tomado o controle de várias vilas e cidades.
Nos últimos três meses, o atentado foi o primeiro considerado grave em Sanaa. Desde que assumiu o governo em fevereiro, o atual presidente se comprometeu a combater a ação da Al Qaeda no país, na tentativa de retomar o controle do governo das cidades localizadas ao Sul.
A estimativa é que pelo menos 213 pessoas, incluindo 147 combatentes da Al Qaeda, morreram desde o início da ofensiva. Até as eleições de fevereiro, o Iêmen vivia sob intensa disputa interna. Pressionado pela comunidade interna, o então presidente Ali Abdullah Saleh, que ficou no poder por cerca de três décadas, anunciou sua saída.
No Iêmen, o mandato presidencial é de sete anos, porém, nos últimos anos, a cada votação, Saleh era reeleito. Nos últimos dias, houve uma série de protestos contra o governo dele e Hadi acabou sendo eleito há três meses.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto