Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) lamentou hoje (3) que as medidas de incentivo à economia anunciadas pelo governo não tenham considerado diretamente a questão do custo da energia. A Abrace enviou uma carta aos ministérios da Casa Civil, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e de Minas e Energia, defendendo a inclusão da questão da energia competitiva na pauta da reindustrialização brasileira.
Na carta encaminhada ao governo, o presidente executivo da Abrace, Paulo Pedrosa, defende o tratamento das concessões do setor elétrico com base na modicidade tarifária e que contemple os consumidores livres de energia. “A indústria precisa ter acesso à energia barata dos grandes leilões de hidrelétricas. Também precisa de gás natural, competitivo e em quantidade, para disputar mercado em um cenário no qual a energia desponta como alavanca do desenvolvimento industrial dos nossos maiores competidores mundiais”.
Pedrosa irá integrar o Conselho Setorial de Energia, anunciado hoje. Para ele, a condição permanente de competição da indústria passa, necessariamente, pela redução dos custos da energia elétrica e do gás natural. “Não tivemos até agora indicações de que a redução dos preços do gás natural e dos encargos que recaem sobre as tarifas de energia elétrica serão temas contemplados. Essas seriam medidas que trariam competitividade imediata ao país, atraindo investimentos de longo prazo”, defendeu o executivo.
Edição: Vinicius Doria