Pedro Peduzzi, Daniel Lima, Yara Aquino e Luciana Lima
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, avaliou as medidas de estímulo à indústria anunciadas hoje (3) pelo governo como pontuais e disse que elas estão na direção correta, embora alerte para o fato de que é preciso que venham acompanhadas de uma agenda “estruturante e desburocratizada”, dedicada principalmente à questão da reforma tributária.
“Não é que faltaram medidas. Essas foram pontuais, mas tem uma agenda paralela que é estruturante. Precisamos ir mais cirurgicamente nessas questões tributárias. Enquanto as medidas pontuais são mais rápidas, as estruturantes dependem de burocracia”, disse Godoy. "O problema todo é a velocidade com que estamos fazendo essas coisas [reformas estruturantes]”.
Apesar de considerar lentas as mudanças, Godoy avalia que elas vão na direção correta. “O Brasil melhorou e tem aumentado bastante os investimentos. Reconhecemos isso, mas achamos que é preciso fazer ainda mais”, acrescentou. “Temos de subir um degrau a cada dia, e o próximo degrau será continuar com a desoneração e incentivos a investimentos, para melhorar a capacidade industrial do país”, completou.
Godoy teceu elogios ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que, de forma indireta, favorecerá a aquisição de máquinas e equipamentos usados em obras e também aprovou a redução de taxas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). “São [medidas] bem-vindas, mas repito: não podem se encerrar aí, se o objetivo é o de adotar a economia de competição internacional.”
Edição: Lana Cristina