Da Agência Brasil
São Paulo – A venda de imóveis novos na capital paulista caiu 21% no ano passado. De acordo com balanço divulgado hoje (6) pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi), em 2011 foram vendidos 28.316 imóveis residenciais novos. Em 2010 foram comercializadas 35.869 unidades.
Segundo o Secovi, o recuo nas vendas já era esperado porque nos anos anteriores o mercado estava muito aquecido. A entidade considerou que 2011 foi um bom ano para o setor que passou por ajustes. Entre 2002 e 2006, a maioria dos lançamentos era de alto padrão e, desde 2007, o mercado passou a investir em imóveis populares, principalmente de dois dormitórios, para atender o aumento crescente da demanda. De acordo com o Secovi, no ano passado, o volume de lançamentos manteve-se no mesmo nível do ano anterior (37.650 ante 38.199), com reposição de oferta, e o ritmo de vendas superou a média histórica – “justamente em um momento de ligeira instabilidade econômica, reflexo das crises nos Estados Unidos e na Europa”.
Em 2011, as vendas de imóveis de dois dormitórios (13.298 unidades acumuladas no ano) representam 47% do total comercializado e as de três dormitórios (8.483 unidades) cerca de 30%.
Em relação aos financiamentos, os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, com captação em cadernetas de poupança, proporcionaram crédito de R$ 79,9 bilhões, com crescimento de 42% sobre 2010 (R$ 56,2 bilhões). O montante equivale a 493 mil unidades financiadas em 2011, um aumento de 17% sobre o volume de 2010 (421 mil unidades).
Já em relação aos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), houve crédito de R$ 34,2 bilhões, com aumento de 22% sobre 2010 (R$ 27,9 bilhões). Ou seja, foram 550 mil contratos em 2011 diante dos 450 mil do ano anterior.
Edição: Lílian Beraldo