Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) Fábio Pina avaliou hoje (6) que embora não tenha sido nenhuma surpresa o fato de o Produto Interno Bruto (PIB) ter apresentado crescimento em ritmo menor do que em 2010, de 2,7% no ano passado, o resultado embute alguns sinais positivos de evolução da economia brasileira.
Um desses sinais, segundo ele, é o aumento na formação bruta do capital fixo, ou seja, nos investimentos feitos pelas empresas para ampliar a capacidade de produção, que atingiu 4,7%, e ficou acima do crescimento do PIB.
“Isso habilita o país a voltar a crescer mais, o que é bastante positivo”, disse Pina. Ele observou que a previsão da Fecomercio é de que neste ano de 2012 a economia vá crescer entre 3% e 3,5%.
Outros fatores considerados pelo economista como favorável foram o aumento do consumo das famílias (4,1%) em velocidade superior à média do PIB e a diminuição do ritmo de consumo do governo (l,9%).
Comparada aos Estados Unidos e à Europa, a dívida pública do país é relativamente pequena, segundo analisou Pina, mencionando que o montante é menor do que 50% do PIB. Ele observou que isso deixa o Brasil em uma situação melhor para enfrentar a crise externa com espaço para atuar tanto na política monetária quanto na política fiscal.
“O Brasil tem capacidade para voltar a crescer mais, em breve”, acredita o economista, para quem o setor de maior expressão no PIB, o agronegócio, continuará a puxar o bom desempenho da economia, mesmo com o desaquecimento verificado na economia de países europeus. “O mundo ainda vai precisar muito das commodities no médio e longo prazo”.
Edição: Fernando Fraga