Priscilla Mazenotti e Marcos Chagas
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – Integrantes da oposição e da base aliada aprovaram o nome do líder do governo no Congresso, Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), para assumir o Ministério da Agricultura no lugar de Wagner Rossi, que deixou a pasta depois de denúncias de corrupção. O nome do deputado foi discutido em reunião da bancada e levado à presidenta Dilma Rousseff, que oficializou o convite, de acordo com nota divulgada pela Casa Civil.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), avaliou que Rossi foi “vítima de uma briga política” e que, agora, “sai pela porta da frente”. “Foi uma decisão pessoal sua e de sua família”. Para Renan, Mendes Ribeiro Filho tem todas as condições – inclusive com o apoio de seu partido e da presidenta – de comandar a pasta.
Para o líder do PSB, Antônio Carlos Valadares (SE), a escolha foi uma solução política. “Se saiu um ministro do PMDB, é natural que entre um indicado pelo partido para trabalhar no cargo.”
O senador Aloyzio Nunes Ferreira (PSDB-SP) também concordou com a indicação e destacou que agora é preciso reunir uma boa equipe no ministério. “O problema reside no modelo montado pelo governo, que instalou uma briga selvagem entre os aliados por cargos. O grande desafio do Mendes é não se submeter a essa lógica de loteamento que vem acontecendo. Ele é um homem correto, uma pessoa de bem, de uma conduta exemplar, e de extrema conduta ética”, avaliou.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), também é favorável à indicação de Mendes Ribeiro Filho para o Ministério. “É um homem de excelentes qualidades”, disse.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS), integrante do grupo que pede uma “faxina da Esplanada dos Ministérios”, considerou positiva a ida do líder do governo para o Ministério da Agricultura. “Reconheço que ele não é agricultor, mas ocupou vários cargos, inclusive no governo estadual, e, montando uma boa equipe, pode fazer um trabalho competente. Foi uma boa escolha.”
Edição: Juliana Andrade