Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os representantes dos 191 países que integram a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) se reúnem hoje (18) para discutir medidas comuns que impeçam o agravamento da crise humanitária e de fome no Nordeste da África – região chamada de Chifre da África.
Cerca de 90 milhões de pessoas que vivem na Somália, na Etiópia, no Djibouti e na Eritreia, além do Sudão e de Uganda, estão ameaçadas de morte por causa da fome e de doenças decorrentes da inanição.
A reunião foi convocada emergencialmente. O objetivo é aumentar o nível de alerta internacional, segundo a organização. A FAO espera que sejam definidas as ações a serem adotadas na conferência internacional de doadores que a União Africana (UA) promove no próximo dia 25.
De acordo com a organização, a situação mais crítica é a da Somália onde o estado de fome foi decretado em cinco regiões do país. A seca domina o Nordeste, sendo a pior dos últimos 60 anos, provocando mortes e ameaçando milhares de pessoas.
De acordo com números divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), 875 mil somalis buscam refúgio nos países vizinhos para tentar escapar da fome, seca e insegurança. O diretor-geral do Acnur, Jacques Diouf, disse que é necessário investir US$ 1,6 milhão, apenas este ano, para combater a situação.
*Com informações da FAO e da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto