Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As exportações do agronegócio brasileiro atingiram o valor de US$ 8,4 bilhões em maio, um aumento de 17,5% em relação ao mesmo mês de 2010, que teve US$ 7,2 bilhões. Embora o superávit também tenha crescido mais de 10%, totalizando US$ 6,9 bilhões, o que mais aumentou, à taxa de 53,8%, foi o volume de importações, passando de US$ 1 bilhão para cerca de US$ 1,5 bilhão.
De acordo com os dados publicados hoje (10) pelo Ministério da Agricultura, as principais importações foram de produtos florestais (US$ 302 milhões), de cereais, farinhas e preparações (US$ 270 milhões), e de fibras e produtos têxteis (US$ 215 milhões). Em relação a maio do ano passado, as compras desses produtos cresceram 28,5%, 23,5% e 134,6%, respectivamente. Juntos, eles representaram cerca de 50% das importações brasileiras de produtos agropecuários. As compras de carnes (US$ 38 milhões) e lácteos (US$ 50 milhões) tiveram crescimento de 116,7% e 95,7%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o Brasil conseguiu comercializar com outras nações US$ 82,6 bilhões em produtos agropecuários nacionais. Em relação à renda dos agropecuaristas, o diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Mapa, Marcelo Junqueira, disse que “ainda que haja uma forte apreciação do real, os produtores foram compensados pela valorização, em dólar, dos preços dos produtos do agronegócio, que permitiu bons ganhos nesta safra”.
Os produtos mais exportados em maio foram soja (US$ 3,37 bilhões), com crescimento de 27% na comparação com maio do ano passado, e carnes (US$ 1,37 bilhões), aumento o volume de vendas em 14%. A quantidade de soja em grãos e carnes exportadas sofreu redução entre os dois períodos, mas o aumento significativo dos preços foi responsável pelo aumento da receita.
Os países que mais aumentaram proporcionalmente suas importações de produtos do agronegócio brasileiro em maio de 2011, na comparação com o mesmo mês do ano passado, foram Tailândia (276%), Espanha (99%), Arábia Saudita (67%), Argélia (45 %), Japão (44 %) e Alemanha 41%.
Edição: João Carlos Rodrigues