Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As comunidades de El Palmar e Lago Agrio, no Equador, serão beneficiadas com a inauguração ontem (11) e hoje (12) de obras nas áreas de educação e saúde. A iniciativa é do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), com recursos do governo brasileiro.
As duas cidades ficam na província de Sucumbíos, que recebe constantemente refugiados colombianos que atravessam a fronteira fugindo dos conflitos em seu país de origem. “Existe um peso dessa população e muitas vezes as cidades não têm como atender essas comunidades. Aí o Acnur arrecada fundos mundialmente para atuar nesses locais. Neste caso, o Brasil foi um dos grandes doadores”, disse à Agência Brasil o porta-voz da organização no Brasil, Luiz Fernando Godinho.
Segundo ele, os colombianos que entram no Equador fogem do confronto entre o governo, a guerrilha de esquerda e os grupos paramilitares. As obras implementadas pelo Acnur devem incluir salas de aula, instalações sanitárias, melhorias em um parque infantil e uma brinquedoteca, além de melhorias em prédios comunitários em bairros pobres.
O Brasil doou, ao todo, US$ 3,5 milhões para o Acnur em 2010 e o dinheiro vem sendo empregado em ações também no Haiti, na Colômbia, no Sri Lanka, Irã, Iraque e Paquistão. No caso equatoriano, a doação foi feita a uma conta específica para esse fim. “Os países podem doar para uma conta geral ou para contas específicas. Neste caso, o Brasil quis doar especificamente para essa operação no Equador”, explicou Godinho.
As contribuições brasileiras para o Alto Comissariado da ONU são destinadas a programas regulares e a atividades específicas, como em países afetados por desastres naturais, conflitos e insegurança alimentar e nutricional. Em setembro do ano passado, o país assinou um memorando de entendimento no qual formalizou o apoio às ações humanitárias do Acnur.
Edição: Juliana Andrade