Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cerca de mil pessoas participaram na manhã de hoje (12) de um culto ecumênico na Praça do Suspiro, no centro de Nova Friburgo, em memória às mais de 400 vítimas da catástrofe no município da região serrana fluminense. O ato religioso ocorreu na escadaria do Teatro Municipal da cidade, vizinho à Capela de Santo Antônio, parcialmente destruída pelo temporal de 12 de janeiro.
Após o culto, balões de gás com os nomes dos mortos na tragédia foram soltos na praça, tradicional cartão-postal e ponto de partida do teleférico que era uma das principais atrações turísticas de Nova Friburgo. Completamente tomada pela terra e lama há um mês, a praça passa por obras de reconstrução, a cargo da prefeitura.
Para marcar os 30 dias da tragédia, também foi feito um minuto de silêncio ao meio-dia na escadaria do Instituto de Educação de Nova Friburgo (Ienf), acompanhado de toque de pesar do sino da Catedral de São João Batista. Em seguida, os participantes deram as mãos para fazer uma oração.
O evento também serviu para o Movimento Viva Rio marcar o encerramento da fase emergencial de sua campanha SOS Região Serrana, por meio da qual foram enviadas 750 toneladas de donativos para as vítimas das chuvas. Um comboio de 17 caminhões, que partiu hoje de manhã do 12º Batalhão da Polícia Militar, em Niterói, na região metropolitana do Rio, chegou no início da tarde a Nova Friburgo levando os donativos.
Também por iniciativa do Viva Rio, um painel foi montado na Praça Getúlio Vargas, no centro de Nova Friburgo. “A ideia é reunir fotografias, mensagens, cartazes, cartas, recortes de jornais e todo tipo de lembranças das pessoas que vivenciaram essa tragédia”, explicou o diretor executivo do movimento, Rubem César Fernandes.
Ao lado do mural, uma tenda equipada com câmeras de vídeo permite que os moradores da cidade deem seus depoimentos sobre as experiências que viveram. Segundo Rubem César Fernandes, o Viva Rio deseja que o mural também contenha mensagens e objetos que “marquem o momento do recomeço, da volta à vida normal e às atividades cotidianas da população”.
Edição: Juliana Andrade