Centrais sindicais entregam a Lupi proposta sobre flexibilização do ponto eletrônico

05/10/2010 - 21h26

 

Da Agência Brasil

 

Brasília – As mudanças no processo de implantação do ponto eletrônico com impressora foram discutidas hoje (5) numa reunião do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, com representantes de seis centrais sindicais (Força Sindical, CUT, CTB, CGT, NCST e UGT ).

Lupi recebeu das centrais uma proposta para que a portaria que prevê a implantação do ponto eletrônico reconheça os acordos coletivos firmados entre os sindicatos e as empresas em relação à jornada de trabalho. As centrais sindicais também querem que sejam prestigiados os avanços nas empresas que negociaram, por exemplo, tolerância com horário de trabalho.

 

O ministro disse, após a reunião com os sindicalistas, que até o fim deste mês irá apresentar um novo estudo que atenda algumas das reivindicações dos trabalhadores, como a de não bater ponto na hora do almoço ou restringir o registro apenas a casos de atraso, falta ou hora extra. “Terá que ser um estudo específico, por parte e setor”, afirmou Lupi.

 

Pela portaria, as empresas que adotarem o novo ponto eletrônico terão que imprimir recibos a cada ponto batido por seus funcionários. Inicialmente prevista para entrar em vigor em 26 de agosto de 2010, a medida foi adiada para 1º de março de 2011. A partir dessa data, os fiscais terão 90 dias para aplicar multas. “Com o comprovante impresso, o trabalhador terá uma garantia de dia trabalhado. O Ministério do Trabalho sempre privilegia o trabalhador.” disse o ministro.

Para Joilson Cardoso, secretário de Políticas Sindicais da Central dos Trabalhadores (CTB), à adoção do novo ponto eletrônico é um avanço, desde que privilegiados os acordos coletivos. “A reunião foi positiva para nós das centrais sindicais que privilegiamos o acordo coletivo”, afirmou.

 


Edição: Aécio Amado