Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou um reajuste na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos estrangeiros em bolsa e em renda fixa logo depois das eleições. Ele, no entanto, não descartou a possibilidade de que o governo adote a medida em algum momento, dependendo do comportamento do mercado.
De acordo com o ministro, o governo está tomando outras providências para impedir a valorização do real, como a compra de dólares pelo Fundo Soberano. Ele lembrou ainda que o Banco Central pode voltar a atuar no câmbio por meio da compra de dólares no mercado futuro.
Segundo Mantega, o aumento na taxação do capital estrangeiro só tem justificativa quando há entrada excessiva de recursos na bolsa de valores e nos investimentos de renda fixa. “Por enquanto, não detectamos nenhuma anomalia nesses fluxos. Agora, se esses mercados se comportarem mal, aí sim, teremos de intervir. Nenhuma possibilidade está descartada”.
Em relação à entrada de dólares no país provocada pela capitalização da Petrobras, o ministro disse que os mecanismos já adotados pelo Banco Central estão dando conta do câmbio. “O Banco Central está enxugando o câmbio por meio da compra a vista da moeda norte-americana”.
Mantega afirmou ainda que, em outubro do ano passado, quando o governo passou a cobrar 2% de IOF para investimentos estrangeiros na bolsa e em renda fixa, a entrada de divisas no país estava mais intensa que atualmente. "Quando pusemos o IOF no ano passado, o excesso financeiro naquele mês foi de US$ 13 bilhões. Agora não há esse mesmo movimento".
Edição: Rivadavia Severo