Festival do Rio exibe 300 filmes, 65 brasileiros inéditos

24/09/2010 - 17h00

Paulo Virgílio
Repórter da Agência Brasil
 
Rio de Janeiro – Considerado o maior evento de cinema da América Latina e o quinto do mundo, pela quantidade de filmes exibidos e pelo volume de negócios gerados, o Festival do Rio oferece por duas semanas, a partir de hoje (24) e até o dia 7 de outubro, cerca de 300 produções de vários gêneros e de diferentes partes do mundo.

A 12ª edição do festival foi aberta na noite de ontem (23), no Cine Odeon, com a exibição, para convidados, do filme A Suprema Felicidade, que marca a volta à direção, após 24 anos, do cineasta Arnaldo Jabor.

A programação do Festival do Rio está dividida em 19 mostras temáticas. Uma delas é a Premiere Brasil, que apresenta 65 filmes brasileiros inéditos, 17 deles na mostra competitiva e os demais exibidos como hors-concours e nas mostras Retratos, Novos Rumos e Política. Esse amplo painel abrange longa e curta metragens, de ficção ou documentários.

De acordo com um dos diretores do evento, Marcos Didonet, o Festival do Rio é cada vez mais a plataforma de lançamento da produção cinematográfica brasileira. “A gente percebe isso pelo número crescente de filmes que disputam a seleção para a mostra competitiva e de produtores que programam seus filmes para terem sua primeira exibição no festival”.

Didonet disse que a programação do festival é um dos atrativos para que os filmes sejam lançados no evento. “Cada filme novo tem quatro exibições ao longo do festival: uma sessão de gala para convidados, duas sessões comerciais e uma popular, com direito a debates”.
 
Além do Cine Odeon que fica na Cinelândia, tradicional zona cultural da cidade, o festival tem na zona portuária Centro Cultural Ação da Cidadania um grande pavilhão com palco para debates sobre os novos filmes brasileiros e abriga o Rio Market, evento paralelo que atrai potenciais compradores da produção do Brasil, hoje o nono mercado audiovisual do mundo.

Segundo Didonet, é no Rio Market que se percebe a crescente importância econômica do festival. “São executivos de cinema e TV que passam o dia vendo os filmes brasileiros e latino-americanos para escolher o que vão adquirir para seus mercados”. Ele ressalta ainda a importância da troca de experiências entre os produtores nacionais e estrangeiros em questões como as novas tecnologias, em particular o 3D.

O público poderá ver os filmes em sessões pagas ou gratuitas em 40 locais da cidade: salas comerciais, centros culturais, auditórios, comunidades e até praças públicas. Muitos dos filmes estrangeiros exibidos no festival não chegarão ao mercado comercial e sequer serão distribuídos em DVD no Brasil, o que aumenta a disputa dos cinéfilos por ingressos.

Com um orçamento de R$ 7,3 milhões, o festival tem como maior patrocinadora a RioFilme, empresa de investimento audiovisual da Prefeitura do Rio de Janeiro. Os demais são empresas públicas, como a Petrobras e o BNDES, e a iniciativa privada. 

 

 

Edição: Rivadavia Severo