Eletrobras analisa novo consórcio para leilão de Belo Monte, diz Zimmermann

07/04/2010 - 22h19

Ivan Richard

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - Mais um consórcio poderá ser formado para o leilão de construção da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, além do integrado pela construtora Andrade Gutierrez e as empresas Vale, Votorantim e Neoenergia, disse há pouco o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, após reunião com a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.

 

O consórcio, segundo Zimmermann, poderá ter a Eletrobras e as empresas avulsas que se inscreveram para o leilão. O ministro negou que o governo vá prorrogar o prazo para que empresas privadas apresentassem suas propostas de formação de grupos para disputa do leilão. O prazo foi encerrado na tarde de hoje (7).

“Está tudo correndo dentro da nossa expectativa. O que temos hoje é um consórcio formal da Andrade [Gutierrez] e tem outro se formando. A Eletrobras fez uma consulta em que várias empresas se inscreveram. Agora, ela recebe as empresas, vai fazer uma avaliação e conversar para ver se forma o grupo de consórcio”, disse.

Para Zimmermann, o pequeno número de concorrentes é normal nesse tipo de empreendimento e não inviabilizará o leilão. “A Usina de Belo Monte tem a característica de ser a que tem o aproveitamento hidrelétrico mais barato do Brasil. Portanto, a expectativa é de que a licitação tenha uma competição e que isso vá trazer benefício para o consumidor brasileiro”, afirmou.

"Quando se fala de um leilão de R$ 19 bilhões, não vai ter dez concorrentes. É um processo para, no máximo, dois ou três concorrentes. A nossa expectativa é de que dois ou três consórcios sejam habilitados para participar do leilão”, completou.

O ministro de Minas e Energia acredita que o leilão ocorrerá no próximo dia 20, apesar das críticas feitas pelo Ministério Público do Pará à concessão do licenciamento ambiental para a construção da usina.

“A legislação ambiental brasileira é uma das mais severas do mundo. Todo o ritual de estudos ambientais de Belo Monte, começado em 2005, foi entregue, passou por anos de análise. Então, quando você recebe a licença é porque você cumpriu todas etapas. Temos plena confiança de que é uma usina confiável”, disse.

 

 

 

Edição: Aécio Amado