Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As vendas da indústria fluminense cresceram 2,9% em novembro de 2009, em relaçãoao mesmo mês do ano anterior. Essa foi a primeira variaçãopositiva registrada nessa comparação no ano passado, revela oboletim Indicadores Industriais, divulgado hoje (6) pela Federaçãodas Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Em relação a outubro,porém, foi observada retração nas vendas de 2,48%. Mesmo na sériecom ajuste sazonal, as vendas recuaram 0,88%, de acordo com o estudo.No acumulado janeiro/novembro de 2009, em relação a igual períodode 2008, as vendas reais têm redução de 16,07%.O economista GuilhermeMercês, especialista em Desenvolvimento Econômico da Firjan,explicou que como a base de comparação foi um período nãoafetado pela crise internacional em 2008, até outubro os dadospareceram negativos na comparação com esse ano. “Em novembro,como a base de comparação passa a ser um período também afetadopela crise, esse foi o primeiro resultado positivo da indústria emrelação ao ano anterior”.Guilherme estimou queas vendas da indústria fluminense ainda permanecerão em patamarinferior ao de 2008. “E assim devem fechar o ano [de 2009].”A expansão nas vendas em novembro ante o mesmo mês do ano anteriorfoi puxada pelos setores de edição e impressão (+83,55%) emáquinas e equipamentos (+46,76%). Nesse último caso, o resultadofoi influenciado pela redução do Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI), determinada pelo governo federal e tambémpelos investimentos programados pela indústria para 2010.No que se refere aopessoal ocupado, a indústria do Rio de Janeiro continuou mostrandoresultado positivo. A alta do emprego em novembro atingiu 1,3% emrelação a outubro, o que significou a criação de cerca de 4.900postos de trabalho. Este é o sétimo mês consecutivo de aumentodessa variável. O saldo de contratações até novembro de 2009alcança 5.500 novas vagas.Para 2010, Guilhermedisse que as expectativas da Firjan são de “continuidade doprocesso de recuperação da economia fluminense perante a crise,que tende a se consolidar diante das condições mais favoráveisque sustentam o ritmo de alta da atividade econômica no país”.