São Paulo encerra o ano com inflação mais baixa desde 2006

06/01/2010 - 9h03

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Índice de Preços aoConsumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de PesquisasEconômicas (Fipe) nacidade de São Paulo, apresentou alta de 3,65% no acumulado de janeiroa dezembro de 2009. A variação é a mais baixa desde 2006 (2,55%).Em 2008, a taxa havia sido de 6,16% e em 2007, de 4,38%.Noano passado, dos sete pesquisados, o grupo despesas pessoais liderouo percentual de alta (7,23%), seguido por educação (6,91%) e saúde(6,82%).Naanálise do mês de dezembro, o IPC variou 0,18%, abaixo do resultadodo fechamento de novembro (0,29%) e de outubro (0,25%). A maior altano encerramento do mês passado foi constatada em vestuário (0,81%),puxada, principalmente, pelo aumento de preços das roupas infantis,masculinas e dos calçados em geral. Os alimentos, que têmforte peso sobre o resultado geral da taxa, apresentaram deflaçãopela terceira vez seguida, de 0,24%). Na terceira prévia dedezembro, a queda havia sido de 0,17% e na segunda, de 0,10%. Nofechamento de novembro, os alimentos apresentaram alta de 0,30%. Deacordo com o levantamento da Fipe, entre a terceira prévia dedezembro e o encerramento do ano, alguns produtos tradicionalmentemais consumidos nessa época tiveram variações características domovimento de oferta e procura.As carnes suínas, bastanteprocuradas no comércio para a ceia natalina, estavam 2,77% maiscaras no período anterior ao Natal e logo em seguida houve umadiminuição no ritmo de reajuste, com a alta passando para o valormédio de 1,94%. O pernil, por exemplo, tinha subido 3,39%, eencerrou o ano com aumento de 1,13%.Outro produto que émuito consumido nas festas da virada do ano, o bacalhau teve variaçãomais baixa antes do Natal (-8,60%) e fechou o mês com taxa de-7,50%.Entre os cereais, o destaque é para o feijão, comqueda de 3,24%. O arroz apresentou deflação de 0,02%.Osdemais grupos apresentaram em dezembro as seguintes variações:habitação, de 0,21%, em novembro, para 0,11%; transportes, de 0,35%para 0,43%; despesas pessoais, de 0,44% para 0,53%; saúde, de 0,23%para 0,20%; e educação, de 0,10% para 0,09%.