Central nuclear de Angra não corre risco de ser atingida por deslizamentos, diz Eletronuclear

06/01/2010 - 17h57

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As usinas nucleares Angra 1 e Angra 2 não estão em áreade risco de deslizamento de terra. As usinas ficam a uma distânciasegura das encostas e se houvesse um deslizamento,ele não atingiria suas instalações. Mesmo assim, de acordo com o presidente da Eletronuclear,Othon Luiz Pinheiro da Silva, a empresa monitora continuamente asencostas. “Todas as encostas perto das usinas sãomonitoradas. Agora, as usinas em si estão a uma distânciadas encostas que, por maior que seja a avalanche, não chega até a usina”. Othon Pinheiro tambémtranquilizou a população de Angra dos Reis sobre o Plano de Emergência Externa das usinas(PEE). Ele disse, em entrevista hoje (6) à AgênciaBrasil, que a possibilidade de ocorrência de novas chuvasna região de Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense, onde houve o registro até agora de 52 mortes,provocadas por deslizamentos de terra, não altera o PEE. Opresidente da empresa deixou claro, porém, que em caso derisco, a Eletronuclear não hesitará em promover odesligamento das usinas.“Se houver a menor dúvida, nós não teremosdúvida. Pararemos”. Othon Pinheiro esclareceu, noentanto, que a paralisação das usinas ocorre somente emsituações de emergência. “É importanteque todos saibam que a gente pode parar a qualquer minuto, que nãoexiste nenhum problema em parar. O que ocorre é que a gentepara quando realmente for necessário”. O presidente da Eletronuclear explicou que na hipótese deuma emergência nas usinas, serão evacuadas em umprimeiro momento as pessoas situadas até 3 quilômetros(km) das instalações, depois quem está até5 km, estendendo em seguida para até 10 km. “Resumindo ahistória: a gente nunca vai precisar levar ninguém,para mais de 15 km de distância”. As usinas estãosituadas entre as cidades de Angra dos Reis e ParatyEle atribuiu as notíciasalarmantes sobre a segurança das usinas nucleares ao “nervosismo do primeiromomento”, diante da tragédia ocorrida no fim do ano emIlha Grande e no município de Angra. Não há,entretanto, motivo para alarde, insistiu. Segundo o presidente daEletronuclear, quem mora naquela zona de interesse sabe que a empresarealiza constantemente os exercícios de evacuação.O Plano de Emergência das usinas nucleares brasileirassegue normas internacionais e conta com a participaçãodos governos federal, estadual e municipais. “Cada um tem suatarefa claramente definida”, afirmou.