Aumento da renda do trabalhador contribui para queda da inadimplência

06/01/2010 - 13h09

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Com mais dinheiro no bolso, em função do aumento darenda salarial e do pagamento do décimo terceiro salário, obrasileiro aproveitou para quitar suas dívidas, no mês passado,antes de ir às compras de final de ano. Com isso a inadimplênciacaiu 4,98% em relação a novembro, como informou hoje o presidentedo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roberto AlfeuPena Gomes.Ele disse que arecuperação econômica do país, com a criação de empregos e ascontratações temporárias de final de ano, “teve influênciadireta para o cenário positivo que vivemos”, uma vez que osrecursos daí decorrentes abasteceram grande parte das famílias eelas puderam honrar seus compromissos financeiros.Alfeu acrescentou que a inadimplência foi 3,02% menor em relação adezembro de 2008, no auge da crise financeira internacional. Com arecuperação gradativa da economia, principalmente de maio emdiante, o SPC Brasil (maior banco de dados da América Latina)registrou queda acumulada de 14,09% da inadimplência em 2009.De acordo comlevantamento de mercado, feito em parceria com a ConfederaçãoNacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a tendência é de expansãocada vez mais robusta do consumo interno. Isso, somado à evoluçãodo crédito, desemboca em um cenário positivo para que “ainadimplência tenha queda significativa também ao longo deste ano”,afirmou o presidente do SPC Brasil.“A expectativa para o crescimento do país é das mais positivas”,segundo Alfeu. Ele acredita que o Brasil terá o terceiro maiorcrescimento do mundo em 2010. Pelos cálculos do Indicador CNDL/SPCBrasil de Vendas e Inadimplência, o Produto Interno Bruto (PIB),soma das riquezas produzidas no país, deve crescer 6,1%, enquanto asprevisões para China e Índia são de 9,4% e 8,6%, respectivamente.Esse cenário positivo,segundo Alfeu, será resultante do crescimento da demanda interna,proveniente da expansão do crédito, do aumento dos salários acimada taxa de inflação, dos investimentos em infraestrutura para asobras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e para a Copado Mundo de Futebol de 2014. Além disso, também se espera o aumentodo poder de compra das classes sociais menos favorecidas.