Pará e Maranhão concentram mais de 40% de empregadores da lista suja do trabalho escravo

05/01/2010 - 19h25

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Das164 pessoas físicas e jurídicas citadas na relação de empregadores quecontratam trabalhadores em situação análoga à escravidão, a chamadalista suja, mais de 40% estão concentradas no Pará (46 casos) e noMaranhão (22). Os dois estados seguem na liderança do ranking,atualizado esta semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Alista também registra empregadores de Mato Grosso do Sul (18),Tocantins (16), Goiás (16), Mato Grosso (12), Bahia (11), Piauí (4),Paraná (3), Ceará (3), Santa Catarina (3), Minas Gerais (3), Rondônia(2) e Amazonas, Rio Grande do Norte, São Paulo e Espírito Santo, com umregistro cada. A atualização da lista suja incluiu 12empregadores flagrados pela exploração ilegal de trabalhadores, entreeles a Cosan, uma das maiores empresas do setor sucroalcooleiro, dona da rede de postosde combustíveis Esso e fabricante do açúcar União. A fiscalização querendeu à Cosan a entrada na lista suja libertou 42 trabalhadores em umaunidade da companhia no município de Igarapava, em São Paulo.Nototal, de acordo com a lista, 314 trabalhadores foram libertados naspropriedades que passaram a integrar a nova versão do documento. Quem tem o nome incluído na lista suja fica impossibilitado de obter financiamento em instituições públicas ou privadas. Ocadastro é atualizado semestralmente e são incluídos na lista os nomesdos empregadores que não têm mais como recorrer na Justiça. São mantidos no cadastroaqueles que não quitam as multas de infração, casos de reincidênciaentre outros. Na relação, há propriedades incluídas desde 2004. Paraque empregador tenha o seu nome excluído do cadastro, é necessário quepor dois anos, contando a partir da da inclusão, eletenha corrigido irregularidades identificadas durante inspeção. Consulte aqui a lista suja do trabalho escravo (atualizada em 4 de janeiro de 2010).